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"...Dar musculatura as palavras..."

“Evocando os mortos – Poéticas da Experiência”
Por Tânia Farias


Após temporada de “Medeia Vozes” na megalópole São Paulo e no Portal do Sertão em Arcoverde, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz está em Recife, local onde Tânia Farias estará apresentado a Desmontagem “Evocando os mortos – Poéticas da experiência”. 

A desmontagem é uma imersão no seu processo de pesquisa e criação dentro de um dos coletivos teatrais mais significativos do país. De forma prática Tânia Farias corporifica este processo, traduzido na demonstração de um trabalho singular e artesanal, que vem deixando rastros de inspiração na cena contemporânea brasileira. 

A apresentação será no dia 21 de novembro, no SESC Santo Amaro - Teatro Marco Camarotti, às 20h. Entrada Franca. Retirada de senhas a partir das 19h, na bilheteria do teatro.

“...o teatro é a forma mais explícita da Obra em movimento ou do movimento da Obra – o teatro não se fixa na forma, nem perdura no tempo/espaço, criando outras relações tempo/espaço, as falsas sombras seriam o que obscurece a visão, diferente do que vela, possibilitando assim o desvelar e o dar-se da própria obra, que é a manifestação da própria vida, manifestação de mundo. O ator é parte dessa manifestação/obra. Obra de arte viva...”
Antonin Artaud em O Teatro e Seu Duplo


Sobre a Desmontagem “Evocando os mortos – Poéticas da experiência”

A desmontagem “Evocando os mortos – Poéticas da experiência” refaz o caminho do ator na criação de personagens emblemáticos da dramaturgia contemporânea. Constitui um olhar sobre as discussões de Gênero, abordando a violência contra a mulher em suas variantes, questões que passaram a ocupar centralmente o trabalho de criação do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz.
Seguindo a linha de investigação sobre teatro ritual de origem artaudiana e performance contemporânea a desmontagem de Tânia Farias propõe um mergulho num fazer teatral onde o trabalho autoral do ator condensa um ato real com um ato simbólico, provocando experiências que dissolvam os limites entre arte e vida e ao mesmo tempo potencializem a reflexão e o autoconhecimento.
Desvelando os processos de criação de diferentes personagens, criadas entre 1999 e 2011 a atriz deixa ver quanto as suas vivências pessoais e do coletivo Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz atravessam os mecanismos de criação. A ativação da memória corporal, fazendo surgir e desaparecer as personagens.
Realizando uma espécie de ritual de evocação de seus mortos para compreensão dos desafios de fazer teatro nos dias de hoje.