NOVA PÁGINA DA TRIBO!

  Confira o novo site da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui traveiz

Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz em BH!

A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz estará em Belo Horizonte nos dias 13, 14 e 15 de agosto com o projeto “Teatro e Memória nos Espaços Públicos” com apresentações do espetáculo de teatro de rua “O Amargo Santo da Purificação”, da performance “Onde? Ação Nº 2” e da desmontagem Evocando os Mortos Poéticas da Experiência.

Toda a programação tem entrada franca. O projeto foi contemplado pelo Edital Circuito Funarte Cena Pública e compõe a programação da Mostra de Teatro e Direitos Humanos de Belo Horizonte. 

Na sequencia a Tribo segue para São Paulo. Mais informações aqui:



Confira a programação:
Belo Horizonte
13 e 14/08, sábado e domingo, 14h 
Espetáculo de Teatro de Rua
“O Amargo Santo da Purificação”
Parque Municipal, Centro, Belo Horizonte 

15/08, segunda, 12h 
Performance “Onde? Ação Nº 2”
Praça da Rodoviária, Centro, Belo Horizonte

15/08, segunda, 20h
Desmontagem "Evocando os Mortos Poéticas da Experiência"
Zap 18

Teatro e Memória nos Espaços Públicos:

O Projeto Teatro e Memória nos Espaços Públicos traz o debate e a reflexão sobre nosso passado recente – os anos de Ditadura Militar no Brasil – a partir do teatro como um ato de resistência. Por meio da realização de apresentações de teatro de rua e performance, promoverá o debate político e estético, visando à formação de uma consciência crítica e sócio-política, uma exigência para a ideia de “exercício da cidadania”.
O projeto prevê a realização, pelo grupo Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, de apresentações do espetáculo de Teatro de Rua “O Amargo Santo da Purificação” e da performance “Onde? Ação nº 2” nas cidades de Belo Horizonte/MG e São Paulo/SP no contexto dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016. As apresentações em Belo Horizonte também compõem a Programação da Mostra de Teatro e Direitos Humanos de Belo Horizonte. Todas as atividades serão gratuitas e abertas ao público em geral.

TEATRO DE RUA – O AMARGO SANTO DA PURIFICAÇÃO
O Amargo Santo da Purificação é uma visão alegórica e barroca da vida, paixão e morte do revolucionário Carlos Marighella. Marighella viveu e morreu durante períodos críticos da história contemporânea do Brasil, sendo protagonista na luta contra as ditaduras do Estado Novo e do Regime Militar. A dramaturgia elaborada pelo Ói Nóis Aqui Traveiz parte dos poemas escritos por Carlos Marighella que transformados em canções são o fio condutor da narrativa. Utilizando a plasticidade das máscaras, de elementos da cultura afro-brasileira e figurinos com fortes signos, a encenação cria uma fusão do rituacom o teatro dança. Através de uma estética “glauberiana”, o Ói Nóis Aqui Traveiz traz para as ruas da cidade uma abordagem épica das aspirações de liberdade e justiça do povo brasileiro.

PERFORMANCE – ONDE? AÇÃO Nº 2
A performance Onde? Ação nº2 de forma poética provoca reflexões sobre o nosso passado recente e as feridas ainda abertas pela ditadura militar. A ação performática se soma ao movimento de milhares de brasileiros que exigem que o Governo Federal proceda a investigação sobre o paradeiro das vítimas desaparecidas durante o regime militar, identifique e entregue os restos mortais aos seus familiares e aplique efetivamente as punições aos responsáveis. A proposta deste trabalho é trazer a reflexão sobre o que foram aqueles anos da Ditadura Militar no Brasil, a partir do teatro como um ato de resistência. A performance visa atualizar o debate sobre as implicações e consequências deste episódio para a história nacional.

DESMONTAGEM: EVOCANDO OS MORTOS – POÉTICAS DA EXPERIÊNCIA
A desmontagem Evocando os Mortos – Poéticas da Experiência refaz o caminho do ator na criação de personagens emblemáticos da dramaturgia contemporânea. Constitui um olhar sobre as discussões de Gênero, abordando a violência contra a mulher em suas variantes, questões que passaram a ocupar centralmente o trabalho de criação do grupo. Desvelando os processos de criação de diferentes personagens, criadas entre 1999 e 2011, a atuadora Tânia Farias deixa ver quanto as suas vivências pessoais e do coletivo Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz atravessam os mecanismos de criação. Através da ativação da memória corporal, a atriz faz surgir e desaparecer as personagens, realizando uma espécie de ritual de evocação de seus mortos para compreensão dos desafios de fazer teatro nos dias de hoje.

Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz
38 Anos de Utopia, Paixão e Resistência

A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz surgiu em 1978 com uma proposta de renovação radical da linguagem cênica. Durante esses anos criou uma estética pessoal, fundada na pesquisa dramatúrgica, musical, plástica, no estudo da história e da cultura, na experimentação dos recursos teatrais a partir do trabalho autoral do ator. Não se limitando à sala de espetáculos, desenvolveu uma linguagem própria de teatro de rua, além de trabalhos artístico-pedagógicos junto à comunidade local. Abriu um novo espaço para a pesquisa cênica - a Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, que funciona como Escola de Teatro Popular, oferecendo diversas oficinas abertas e gratuitas para a população.
A organização da Tribo é baseada no trabalho coletivo, tanto na produção das atividades teatrais, como na manutenção do espaço. O Ói Nóis Aqui Traveiz segue uma evolução contínua e constitui um processo aberto para novos participantes. Para a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz o teatro é instrumento de desvelamento e análise da realidade; a sua função é social: contribuir para o conhecimento dos homens e ao aprimoramento da sua condição. 
Num mundo marcado pela exclusão, marginalização, pela homogeneização, pelo pensamento único, enfim, pela desumanização e pela barbárie, cada vez mais é vital e necessário denunciar a injustiça, as vendas de opinião, o autoritarismo, a mediocridade e a falta de memória. Esta é a defesa que o Ói Nóis faz o teatro como resistência e manutenção de valores fundamentais que diferenciam uns de outros: a solidariedade, a honestidade pessoal e a liberdade. 
Fazendo um teatro a serviço da arte e da política, que não se enquadra nos padrões da ética e da estética de mercado. O teatro como um modo de vida e veículo de idéias: um teatro que não comenta a vida, mas participa dela!