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A Mostra Ói Nóis Aqui Traveiz - Jogos de Aprendizagem apresenta o exercício cênico “Minha Cabeça Era Uma Marreta”, de Richard Foreman, na Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont, 1186 – São Geraldo). As apresentações serão nos dias 10, 11 e 12 de abril, sempre às 20h. O trabalho foi realizado pela Oficina Para Formação de Atores da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo no ano de 2013, com coordenação dos atuadores Tânia Farias, Paulo Flores e Clélio Cardoso. A temporada faz parte da programação comemorativa aos 36 anos da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz! Entrada Franca!
Mais informações pelo fone 3028 13 58 ou 3286 57 20.
| Foto: Paula Carvalho |
“Minha Cabeça era uma Marreta”
Minha Cabeça Era Uma Marreta é uma das mais polêmicas e enigmáticas peças de Richard Foreman, um dos dramaturgos mais controvertidos e badalados dos Estados Unidos. Em cena um professor, um aluno e uma aluna. Onde estão? Numa sala de aula? No santuário do saber? Ou num manicômio? Durante todo tempo o jogo incessante entre quem detém o saber e aqueles que o desejam. Fechados em conceitos, os donos da verdade condicionam a vida. A peça é a indagação do próprio processo do pensamento e dos mecanismos que intervem no pensamento. Nem o olho nem o ouvido do espectador são capazes de encontrar um ponto fixo no qual se concentrarem, bombardeado por uma multiplicidade de eventos visuais e auditivos. O roteiro é fragmentado, composto de frases curtas, aforísticas, desconectadas. A peça funciona como um poema aberto possibilitando que os espectadores façam suas próprias associações. Seu tratamento formal é produto da reflexão de que a sociedade se expressa com uma linguagem fossilizada que se deve destruir, refletindo aquilo em que se converteu: fórmulas vazias, diálogos que na realidade são trágicos monólogos, perguntas que não exigem respostas, puros automatismos, paradoxos e incoerências. Seu teatro requer novos instrumentos de análises: se faz necessário pensar em termos de energia, tensão, linhas de força e variações de intensidade. Artistas como Foreman operam o fragmento enquanto discurso buscando uma linguagem que estruture a polifonia cênica. A cena de Richard Foreman é emblemática da narrativa caótica, fragmentária, suportada numa textualidade minimal – e plena de marcações, a exemplo de Beckett -, em estruturas invisíveis, constitutivas da linguagem, que estabelecem tensões dialéticas entre a encenação e movimento dos atores. Sobre a recepção, Foreman coloca: ‘o público precisa aprender a ver pequeno, nas entrelinhas, porque fazer isto significa engajar-se no nível quântico da realidade em que as contradições estão ancoradas’.
Elenco: Felipe Fiorenza, Carlos Eduardo de Oliveira Arruda e Rochelle Luiza da Silveira.
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