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Nos dias 21 e 23 de outubro, o público do Festival de Teatro de Floripa poderá conhecer a Desmontagem “Evocando os Mortos – Poéticas da Experiência”, realizada pela atuadora Tânia Farias. A desmontagem é uma imersão no seu processo de pesquisa e criação, dentro de um dos coletivos teatrais mais significativos do país – a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz. E no dia 25 a Tribo irá apresentar também dentro da programação do Festival a performance “Onde? Ação nº2”, que de forma poética provoca reflexões sobre o nosso passado recente e as feridas ainda abertas pela ditadura militar.
Confira a programação da Tribo no Festival:
Desmontagem Evocando os Mortos:
Dia 23 de outubro – 16h - Teatro Ademir Rosa/Agronômica
Dia 24 de outubro -20h - Casa das Máquinas/Lagoa da Conceição
Onde? Ação nº2:
Dia 25 de outubro -11h - Largo da Alfândega/Centro
Em caso de chuva: Terminal Rodoviário Rita Maria / Centro
Desmontagem “Evocando os mortos – Poéticas da experiência”
A desmontagem “Evocando os mortos – Poéticas da experiência” refaz o caminho do ator na criação de personagens emblemáticos da dramaturgia contemporânea. Constitui um olhar sobre as discussões de Gênero, abordando a violência contra a mulher em suas variantes, questões que passaram a ocupar centralmente o trabalho de criação do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz.
Seguindo a linha de investigação sobre teatro ritual de origem artaudiana e performance contemporânea a desmontagem de Tânia Farias propõe um mergulho num fazer teatral onde o trabalho autoral do ator condensa um ato real com um ato simbólico, provocando experiências que dissolvam os limites entre arte e vida e ao mesmo tempo potencializem a reflexão e o autoconhecimento.
Desvelando os processos de criação de diferentes personagens, criadas entre 1999 e 2011 a atriz deixa ver quanto as suas vivências pessoais e do coletivo Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz atravessam os mecanismos de criação. A ativação da memória corporal, fazendo surgir e desaparecer as personagens.
Realizando uma espécie de ritual de evocação de seus mortos para compreensão dos desafios de fazer teatro nos dias de hoje.
“Onde? Ação nº2”
A performance “Onde? Ação nº2” de forma poética provoca reflexões sobre o nosso passado recente e as feridas ainda abertas pela ditadura militar. A ação performática se soma ao movimento de milhares de brasileiros que exigem que o Governo Federal proceda a investigação sobre o paradeiro das vítimas desaparecidas durante o regime militar, identifique e entregue os restos mortais aos seus familiares e aplique efetivamente as punições aos responsáveis.
Participam da performance: Tânia Farias, Marta Haas, Paula Carvalho, Sandra Steil, Mayura de Matos, Leticia Virtuoso, Paola Mallmann, Ketter Velho, Paulo Flores, Eugênio Barbosa, Pascal Berten, Roberto Corbo, André de Jesus, Alex Pantera, Geison Burgedurf, Alessandro Muller, Clélio Cardoso e Jorge Gil.
Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz
Com propósitos irreverentes a Tribo estreou o seu primeiro espetáculo em 31 de março de 1978, data em que os militares comemoravam o golpe de 1964. Nestes 35 anos o Ói Nóis Aqui Traveiz vem instigando o público porto-alegrense com o seu teatro marcado pela ousadia e liberdade criativa. Os atuadores têm uma técnica própria, desenvolvida desde seu início e que passa por diferentes fases, fundamentada no uso da improvisação e da cena como processo, da criação coletiva e da corporalidade no trabalho do ator. As suas três principais vertentes são: o teatro de rua, nascido das manifestações políticas - de linguagem popular e intervenção direta no cotidiano da cidade - o teatro de Vivência, no sentido de experiência partilhada, em que o espectador torna-se participante da cena – e o trabalho artístico pedagógico, desenvolvido junto a comunidade local. Abriu um novo espaço para a pesquisa cênica – a Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (rua Santos Dumont 1186), que funciona como Escola de Teatro Popular, oferecendo diversas oficinas abertas e gratuitas para a população. A organização da Tribo é baseada no trabalho coletivo, tanto na produção das atividades teatrais, como na manutenção do espaço. O Ói Nóis Aqui Traveiz segue uma evolução contínua e constitui um processo aberto a novos participantes.
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