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Mostra Ói Nóis Aqui Traveiz - Jogos de aprendizagem em agosto!

A Mostra Ói Nóis Aqui Traveiz Jogos de Aprendizagem 2015 apresenta os exercícios cênicos “Os Sinos da Candelária” e “A Importância de Estar de Acordo”. ENTRADA FRANCA! Confira.

O Exercício Cênico “Os Sinos da Candelária” da Oficina Popular de Teatro de Canoas, orientada pela atuadora Paula Carvalho, será apresentado nos dias 12, 19 e 26 de agosto (quartas feiras), às 20h, no Teatro Bruno Kiefer (CCMQ).

O Exercício Cênico “A Importância de Estar de Acordo” da Oficina para Formação de Atores da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo (disciplina de interpretação A) orientada pelo atuador Paulo Flores, será apresentado nos dias 13, 14, 20 e 21 de agosto (quintas e sextas feiras), às 20h, na Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont 1186).

A Mostra Ói Nóis Aqui Traveiz: Jogos de Aprendizagem é um compartilhamento do processo pedagógico colocado em prática pela Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz através dos exercícios cênicos criados nas Oficinas Populares de Teatro dentro da ação Teatro Como Instrumento de Discussão Social e através da Oficina Para Formação de Atores da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo. 

As Oficinas Populares de Teatro da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz têm como objetivo fomentar a organização de grupos culturais. Abrindo espaço para sensibilização e experiência do fazer teatral, apostando no teatro como instrumento de indagação e conhecimento de si mesmo edo mundo, assim como veículo de formação, informação e transformação social. 
Entendendo a cultura como agente formador de mentalidades com consequente influência direta na condução dos rumos da sociedade, e a atividade teatral como a mais objetiva das manifestações artísticas na reflexão do homem sobre si e sua realidade social. A proposta de trabalho teatral segue os fundamentos principais da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, que visa a formação de atores-cidadãos com a necessária qualificação para estar a serviço da construção de uma sociedade justa e solidária. 

Sinopses:

“Os Sinos da Candelária”



Da escritora e compositora Aurea Charpinel, com a Oficina Popular de Teatro da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz na cidade de Canoas. 

Em 1993 o Rio de Janeiro foi sacudido por um crime covarde, onde crianças foram assassinadas enquanto dormiam em frente à Igreja da Candelária. Este fato originou a peça “Os Sinos da Candelária” da escritora e compositora Aurea Charpinel. E é sobre este texto teatral que a Oficina Popular de Teatro da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz na cidade de Canoas vem desenvolvendo o seu trabalho no ano de 2013/2014, abordando uma das questões mais agudas da exclusão social no Brasil – o menor abandonado.
Adaptação livre do texto de Aurea Charpinel a peça traz para cena esses meninos e meninas de rua no seu cotidiano, personagens reais trazendo no corpo e na alma a marca da violência. Através de cenas do cotidiano – nas ruas e nas instituições do governo - a peça conta a história de um grupo de crianças e adolescentes nos dias que antecederam o Massacre da Candelária, culminando na cena de violência extrema que consternou o mundo “civilizado” e encheu de vergonha e tristeza os muitos brasileiros que não compactuam com este tipo de bestialidade.

Com: Duda Máximo, Lucas Gheller, Sirlandia Gheller, Thaynan Kraetzig, Janete Costa, Raquel Amsberg, Giovane Nunes, Júlio César Santos, Maitê Astigarraga, Sara Oliveira, Yasmin Oliveira, Maria Senilda Oliveira, Jana Farias, Gustavo Ribeiro, Djean Bueno, Débora Bregala, Bárbara Hoch, Gabriel Botelho, Diana Klippel e Alex Kaffé

"A Importância de Estar de Acordo"



Versão da Peça Didática de Baden-Baden sobre o Acordo do dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Brecht denuncia o mito do herói, estágio supremo da individualidade. Para Brecht, deve operar-se uma renúncia da individualidade em favor da coletividade, para assegurar as mudanças sociais em curso. A peça explica que a piedade e a bonomia são atos isolados que em nada melhoram o destino humano. Portanto quem, em meio à devastação, promete reformas pontuais impede que a revolução ganhe terreno. Na peça quatro aviadores, que tentaram cruzar o Atlântico, fizeram um pouso de emergência. Não querem morrer e pedem a ajuda da humanidade. O coro debate a questão: “O homem ajuda o homem?” As provas apresentadas durante o debate incluem imagens de homens matando homens e uma cena entre três palhaços: um palhaço gigante, Senhor Schmitt, queixa-se de várias partes do corpo lhe doem. Os outros dois palhaços curam-no serrando os membros em questão, até que no fim, sem braços, sem pernas e até mesmo sem a cabeça, Senhor Schmitt fica inteiramente desmantelado. Conclusão: o homem não ajuda o homem. Os quatro aviadores terão de morrer. O piloto se recusa a aceitar a necessidade de sua extinção. Os três mecânicos, entretanto, aceitam as instruções do coro de que a morte só pode ser vencida pelo assentimento ante as necessidades inevitáveis da história. O piloto que se agarra a seu desejo individual de vida e glória é aniquilado. Os três mecânicos são redimidos, pois “vocês que consentiram que continuassem o fluxo das coisas não mergulharão no nada”. A violência e a morte não podem ser vencidas por paliativos. A violência só desaparecerá quando for estabelecida no mundo uma ordem justa.

Com: Keter Velho, Pedro Gabriel Rosauro, Lucas Gheller, Júlio Kaczam, Natalia Meneguizzi, Dalvana Vanso, Cezar Pereira, Bianca Barreto, Jon Ferreira, Adriele Piazza, Francisco De Los Santos. 

Iluminação e Projeção: Daniel Steil e Liana Alice.

Realizado pela Oficina para Formação de Atores da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo na disciplina de Interpretação A.


OFICINA PARA FORMAÇÃO DE ATORES
ESCOLA DE TEATRO POPULAR DA TERREIRA DA TRIBO

Desenvolvida pela Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo, a oficina é composta por aulas diárias, teóricas e práticas, com duração de dezoito meses. Busca através da construção do conhecimento favorecer a emergência do artista competente não apenas no desempenho de seu ofício, mas também preocupado no seu desenvolvimento como cidadão. Já formou sete turmas de novos atores nos períodos de 2000/01, 2002/03, 2004/05 e 2005/06, 2007/08, 2009/10 e 2011/13, 2014/...

Fotos: Luana Rocha e Eugênio Barboza