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Viúvas Performance sobre a Ausência no Festival Internacional Mirada - Santos

O trabalho “Viúvas Performance sobre a Ausência” da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, que no ano de 2011 realizou apresentações inesquecíveis na Ilha das Pedras Brancas situada entre Porto Alegre e Guaíba, neste mês de setembro estará participando de um dos maiores festivais de teatro do país, o Mirada na cidade de Santos. A performance irá ocupar a Fortaleza da Barra, uma fortificação construída no Guarujá em 1584. 

As apresentações serão nos dias 15, 16 e 17 de setembro. Mais informações no link abaixo:

Foto: Pedro Isaias Lucas

 Viúvas mostra mulheres que lutam pelo direito de saber onde estão os homens que desapareceram ou foram mortos pela ditadura civil militar que se instalou em seu país. É uma alegoria sobre o que aconteceu nas últimas décadas na América Latina, e a necessidade de manter viva a memória deste tempo de horror, para que não volte mais a acontecer. O Teatro de Vivência do Ói Nóis Aqui Traveiz procura uma forma de relação aberta e sincera com o público, em que atores e espectadores partilhem de uma experiência comum, que tenha intensidade de um acontecimento, capaz de produzir novas formas de percepção.

Foto: Pedro Isaias Lucas
VIÚVAS PERFOMANCE SOBRE A AUSÊNCIA segue a linha do trabalho investigativo do grupo sobre o teatro ritual de origem artaudiana e performance contemporânea. Rompendo com a sujeição intelectual da palavra, a encenação busca a linguagem da cena que, consistindo de tudo aquilo que pode se manifestar e exprimir materialmente numa cena e que se dirige antes de mais nada aos sentidos, uma linguagem feita de signos e capaz de transmitir uma emoção poética. Essa “poesia no espaço” é descrita por Artaud como ativa e anárquica em sua ação dissociadora e vibratória sobre a sensibilidade. A poética cênica de VIÚVAS dirige-se primordialmente aos sentidos, mas a intenção é também “fazer pensar”. O reconhecimento se faz, portanto, via corpo e intelecto. O ato cognoscitivo vem a posteriori, precedido pela experiência, por algo que não pode ser determinado de imediato, mas que só assim se transforma em experiência durável. 

Foto: Claudio Etges

A pesquisa da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui 
Traveiz persevera em manter viva a memória desse tempo de horror, para que não se repita. Inspira-se no romance Viúvas (Viudas, 1981), do chileno Ariel Dorfman que, dez anos depois, o adaptou para o teatro a quatro mãos com o americano Tony Kushner. Na estreia do trabalho, em 2011, o público de Porto Alegre ia de ônibus até a margem do rio Guaíba e, de lá, seguia de barco por cerca de 2,5 km até as ruínas da Ilha do Presídio/Pedras Brancas, destino forçado de presos políticos no regime militar. No MIRADA, o “teatro de vivência” acontece na Fortaleza da Barra, fortificação construída no Guarujá em 1584.


CRIAÇÃO COLETIVA A PARTIR DO TEXTO DE ARIEL DORFMAN
DRAMATURGIA, ILUMINAÇÃO, FIGURINOS E DIREÇÃO: TRIBO DE ATUADORES ÓI NÓIS AQUI TRAVEIZ 
COM: PAULO FLORES, TÂNIA FARIAS, CLÉLIO CARDOSO, MARTA HAAS, PAULA CARVALHO, EUGÊNIO BARBOZA, JANA FARIAS, LUCAS GHELLER, ROBERTO CORBO, LETÍCIA VIRTUOSO, JÚLIO KACZAM, MAYURA MATOS, KETER VELHO, LUANA ROCHA, ALEX DOS SANTOS, PASCAL BERTEN, DALVANA VANSO, ALINE FERRAZ, ALESSANDRO MULLER, EDUARDO ARRUDA, DANIEL STEIL E MÁRCIO LEANDRO.

Fotos: Claudio Etges