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Foto: Pedro Isaias Lucas |
Tem uma velha história
De uma mulher, chamada Medeia
Há mil anos ela chegou
Em uma praia estrangeira.
O homem que a amava
Levou ela pra lá.
Ele disse: Você está em casa
Onde eu estou em casa.
Ela falava outra língua
Que as pessoas de lá
Para leite, pão e amor
Eles tinham outra palavra.
Ela tinha cabelo diferente
E seu caminhar era outro
Nunca se sentiu em casa
A olhavam desconfiados.
O que aconteceu com ela
Conta Eurípedes
Seus coros poderosos cantam
De um julgamento antigo.
Só o vento sopra nas ruínas
Da cidade inóspita
E poeira são as pedras com que
Apedrejaram a estrangeira .
De repente ouvimos falar
Que em nossas cidades
Se vêem Medeias novamente.
Entre bonde e carro e trem
Voltou a velha gritaria
1934
Em nossa Berlim.
Bertolt Brecht
Tradução livre de Pascal Berten
*Medeia hoje, meia noite, RFFSA - Crato
Entra Franca
Distribuição de senhas 30 min. antes do espetáculo.
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