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O seminário Caliban – Apontamentos sobre o teatro de Nuestra América debate a marginalização da América Latina, com Cecília Boal e Vivian Tavares
Projeto da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz analisa a onda conservadora que sofre atualmente a América Latina e o retrocesso nos direitos sociais
Entre os dias 23 e 26 de abril, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz realiza em Porto Alegre o seminário Caliban – Apontamentos sobre o teatro de Nuestra América, contemplado pelo Rumos Itaú Cultural, um dos principais programas de fomento à cultura do país. A atividade conta com Cecília Thumim Boal, companheira de vida e luta de Augusto Boal (1931-2009), também presidente do Instituto Augusto Boal, e a pesquisadora e crítica teatral cubana, Vivian Tavares. Além do seminário, será apresentado o mais novo espetáculo de rua do grupo, Caliban – A Tempestade de Augusto Boal, criado dentro deste projeto.
Tanto as palestras com Cecília e Vivian, nos dias 24 e 25, respectivamente, quanto a peça, que abre e encerra a programação, nos dias 23 e 26, o que é debatido é a figura de Caliban em ‘A Tempestade’, de Boal, que ratifica a fundação mais firme de uma representação voltada para as margens. O cubano Roberto Fernández Retamar foi o primeiro a falar em Caliban como símbolo dos povos marginalizados, e José Martí, seu conterrâneo, cunhou o termo Nuestra América, fundando uma concepção de identidade cultural do continente, com liberdade e determinação própria.
Impulsionado pela ideia de que “somos todos Caliban”, o grupo propõe neste projeto analisar criticamente a tempestade conservadora que sofre atualmente a América Latina e o retrocesso nos direitos sociais e na luta pela autonomia econômica, política e cultural que a população brasileira vive. Falar em Caliban como símbolo da identidade e do teatro latino-americano implica em tornar visíveis as inumeráveis contradições e complexidades que configuram as sociedades contemporâneas marcadas pela ferida colonial.
Para o Ói Nóis Aqui Traveiz, levar para a rua a encenação Caliban – A Tempestade de Augusto Boal e debate-la é gerar outros discursos, histórias e narrativas, produzir e reconhecer outros lugares de enunciação. Caliban é a reivindicação da legitimidade do diferente. Poder compartilhar e refletir com outras pessoas a pesquisa sobre a figura desse personagem, segundo o grupo, é investir na aspiração de falar e conhecer Nuestra América, seu teatro e seus cidadãos, que não desistem e resistem.
Próximos passos e desdobramentos do projeto:
O seminário acompanha a peça no Brasil e, no ano que vem, ambos chegam na Casa de las Américas, em Cuba, proporcionando ao Ói Nóis um intercâmbio com grupos cubanos, como o tradicional Teatro Buendía (Havana) e os grupos de teatro de rua Teatro Andante (Bayamo), Mirón Cubano (Matanzas) e Compañía Morón Teatro (Morón). As atividades são gratuitas e serão registradas fotográfica e audiovisualmente.
Palestrantes:
Cecilia Thumim Boal nasceu em Buenos Aires, onde trabalhou na década de 1960 como atriz, diretora e roteirista de TV. Em 1966 incorporou o elenco do Teatro de Arena de São Paulo, participando de vários espetáculos no Brasil e em outros países. Em 1982 finalizou estudos de Psicologia na Sorbonne (Paris VII). É psicanalista e atriz. Preside o Instituto Augusto Boal, criado em 2010. Desde então tem se dedicado a preservar e divulgar a obra de Boal, desde as novas publicações dos seus livros na hoje extinta editora Cosac Naify, à montagem de peças, realização de seminários e encontros sobre teatro e dramaturgia.
Vivian Martínez Tabares, crítica e pesquisadora teatral, editora e professora, é membro da comissão de especialistas da Faculdade de Artes Cênicas do Instituto Superior de Artes (ISA) desde 1998. Participa também do Conselho de Direção da Escola Internacional de Teatro da América Latina e Caribe (EITALC), do Conselho Assessor do Editorial Letras Cubanas, do Festival Internacional de Teatro Latino de Los Angeles (FITLA). Entre 1987 e 1990 dirigiu a revista Tablas. Desde 2000 dirige a revista Conjunto e o Departamento de Teatro da Casa de las Américas, onde organiza a Temporada Mayo Teatral. Entre maio de 2007 e maio de 2010 foi conselheira cultural na Embaixada de Cuba no México.
Sobre o Rumos Itaú Cultural
O Itaú Cultural mantém o programa Rumos desde 1997. Este que é um dos primeiros editais públicos do Brasil para a produção e a difusão de trabalhos de artistas, produtores e pesquisadores brasileiros, já ultrapassou os 52 mil projetos inscritos vindos de todos os estados do país e do exterior. Destes, foram contempladas mais de 1,3 mil propostas nas cinco regiões brasileiras, que receberam o apoio do instituto para o desenvolvimento dos projetos selecionados nas mais diversas áreas de expressão ou de pesquisa.
Projeto da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz analisa a onda conservadora que sofre atualmente a América Latina e o retrocesso nos direitos sociais
Tanto as palestras com Cecília e Vivian, nos dias 24 e 25, respectivamente, quanto a peça, que abre e encerra a programação, nos dias 23 e 26, o que é debatido é a figura de Caliban em ‘A Tempestade’, de Boal, que ratifica a fundação mais firme de uma representação voltada para as margens. O cubano Roberto Fernández Retamar foi o primeiro a falar em Caliban como símbolo dos povos marginalizados, e José Martí, seu conterrâneo, cunhou o termo Nuestra América, fundando uma concepção de identidade cultural do continente, com liberdade e determinação própria.
Impulsionado pela ideia de que “somos todos Caliban”, o grupo propõe neste projeto analisar criticamente a tempestade conservadora que sofre atualmente a América Latina e o retrocesso nos direitos sociais e na luta pela autonomia econômica, política e cultural que a população brasileira vive. Falar em Caliban como símbolo da identidade e do teatro latino-americano implica em tornar visíveis as inumeráveis contradições e complexidades que configuram as sociedades contemporâneas marcadas pela ferida colonial.
Para o Ói Nóis Aqui Traveiz, levar para a rua a encenação Caliban – A Tempestade de Augusto Boal e debate-la é gerar outros discursos, histórias e narrativas, produzir e reconhecer outros lugares de enunciação. Caliban é a reivindicação da legitimidade do diferente. Poder compartilhar e refletir com outras pessoas a pesquisa sobre a figura desse personagem, segundo o grupo, é investir na aspiração de falar e conhecer Nuestra América, seu teatro e seus cidadãos, que não desistem e resistem.
Próximos passos e desdobramentos do projeto:
O seminário acompanha a peça no Brasil e, no ano que vem, ambos chegam na Casa de las Américas, em Cuba, proporcionando ao Ói Nóis um intercâmbio com grupos cubanos, como o tradicional Teatro Buendía (Havana) e os grupos de teatro de rua Teatro Andante (Bayamo), Mirón Cubano (Matanzas) e Compañía Morón Teatro (Morón). As atividades são gratuitas e serão registradas fotográfica e audiovisualmente.
Palestrantes:
Cecilia Thumim Boal nasceu em Buenos Aires, onde trabalhou na década de 1960 como atriz, diretora e roteirista de TV. Em 1966 incorporou o elenco do Teatro de Arena de São Paulo, participando de vários espetáculos no Brasil e em outros países. Em 1982 finalizou estudos de Psicologia na Sorbonne (Paris VII). É psicanalista e atriz. Preside o Instituto Augusto Boal, criado em 2010. Desde então tem se dedicado a preservar e divulgar a obra de Boal, desde as novas publicações dos seus livros na hoje extinta editora Cosac Naify, à montagem de peças, realização de seminários e encontros sobre teatro e dramaturgia.
Vivian Martínez Tabares, crítica e pesquisadora teatral, editora e professora, é membro da comissão de especialistas da Faculdade de Artes Cênicas do Instituto Superior de Artes (ISA) desde 1998. Participa também do Conselho de Direção da Escola Internacional de Teatro da América Latina e Caribe (EITALC), do Conselho Assessor do Editorial Letras Cubanas, do Festival Internacional de Teatro Latino de Los Angeles (FITLA). Entre 1987 e 1990 dirigiu a revista Tablas. Desde 2000 dirige a revista Conjunto e o Departamento de Teatro da Casa de las Américas, onde organiza a Temporada Mayo Teatral. Entre maio de 2007 e maio de 2010 foi conselheira cultural na Embaixada de Cuba no México.
Sobre o Rumos Itaú Cultural
O Itaú Cultural mantém o programa Rumos desde 1997. Este que é um dos primeiros editais públicos do Brasil para a produção e a difusão de trabalhos de artistas, produtores e pesquisadores brasileiros, já ultrapassou os 52 mil projetos inscritos vindos de todos os estados do país e do exterior. Destes, foram contempladas mais de 1,3 mil propostas nas cinco regiões brasileiras, que receberam o apoio do instituto para o desenvolvimento dos projetos selecionados nas mais diversas áreas de expressão ou de pesquisa.
Programação:
23/04, 15h: Apresentação do espetáculo de teatro de rua Caliban – A Tempestade de Augusto Boal no Parque da Redenção
24/04, 20h: Palestra Apontamentos sobre o teatro de Augusto Boal com Cecília Thumim Boal (Rio de Janeiro)
25/04, 20h: Palestra Apontamentos sobre o teatro de Nuestra América com Vivian Martínez Tabares (Cuba)
26/04, 15h: Apresentação do espetáculo de teatro de rua Caliban – A Tempestade de Augusto Boal na Praça da Alfândega
Sobre o seminário
Foi um cubano, Roberto Fernández Retamar, o primeiro a falar em Caliban como símbolo dos povos marginalizados. E foi outro cubano, José Martí, que cunhou o termo Nuestra América, fundando uma concepção de identidade cultural do continente, com liberdade e determinação própria.
A figura de Caliban em A Tempestade, de Boal, ratifica a fundação mais firme de uma representação voltada para as margens. Falar em Caliban como símbolo de nossa identidade e do teatro latino-americano, nos leva a explorar novas sendas, novas categorias e a possibilidade de pensar e fazer teatro de outro modo. Implica em tornar visível as inumeráveis contradições e complexidades que configuram as sociedades contemporâneas marcadas pela ferida colonial.
Para o Ói Nóis Aqui Traveiz, levar para a rua a encenação Caliban - A Tempestade de Augusto Boal é gerar outros discursos, histórias e narrativas, produzir e reconhecer outros lugares de enunciação. Caliban é a reivindicação da legitimidade do “diferente”. Poder compartilhar e refletir com outras pessoas a pesquisa sobre a figura de Caliban, para o Ói Nóis, é investir na aspiração de falar e conhecer Nuestra América, seu teatro e seus cidadãos, que não desistem. E resistem.
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