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Caliban - A Tempestade de Augusto Boal no 12º Palco Giratótio em POA

Nesta quinta e sexta feira (4 e 5 de maio) tem "Caliban - A Tempestade de Augusto Boal" na abertura do 12º Palco Giratório Sesc-Poa!
As apresentações serão às 16h, no Largo Glênio Peres e a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz é o grupo homenageado do 20º circuito nacional Palco Giratório.

Foto: Fabiano Ávila

Sobre "Caliban - A Tempestade de Augusto Boal"

Foi um cubano, Roberto Fernández Retamar, o primeiro a falar em Caliban como símbolo dos povos marginalizados. E foi outro cubano, José Martí, que cunhou o termo Nuestra América, fundando uma concepção de identidade cultural do continente, com liberdade e determinação própria. 
A figura de Caliban em A Tempestade, de Boal, ratifica a fundação mais firme de uma representação voltada para as margens. Falar em Caliban como símbolo de nossa identidade e do teatro latino-americano, nos leva a explorar novas sendas, novas categorias e a possibilidade de pensar e fazer teatro de outro modo. Implica em tornar visível as inumeráveis contradições e complexidades que configuram as sociedades contemporâneas marcadas pela ferida colonial. 
Para o Ói Nóis Aqui Traveiz, levar para a rua a encenação Caliban - A Tempestade de Augusto Boal é gerar outros discursos, histórias e narrativas, produzir e reconhecer outros lugares de enunciação. Caliban é a reivindicação da legitimidade do “diferente”. Poder compartilhar e refletir com outras pessoas a pesquisa sobre a figura de Caliban, para o Ói Nóis, é investir na aspiração de falar e conhecer Nuestra América, seu teatro e seus cidadãos, que não desistem. E resistem.