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A Tribo de atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz encerra nesta semana em Pernambuco o Circuito Nacional Palco Giratório. Ao todo foram 7 meses de idas e vindas, realizando seminários, workshops, intercâmbios e diversas apresentações.
Nesta reta final o grupo retorna a Arcoverde, cidade onde encenou Medeia Vozes no ano de 2013 em uma temporada inesquecível, desta vez para apresentar “Caliban – A Tempestade de Augusto Boal”. Após, seguirá para Recife onde além do espetáculo de rua, apresentará também a desmontagem “Evocando os Mortos – Poéticas da Experiência”.
A Tribo que está em vésperas de completar 40 anos de trajetória foi o grupo homenageado desta edição do Festival.
Confira abaixo a programação:
ARCOVERDE:
- Dia 18 de novembro, 20h em frente à Estação Cultural: Espetáculo Caliban – A Tempestade de Augusto Boal.
- Dia 19 de novembro, às 14h no SESC Arcoverde: Workshop/vivência com a Tribo.
RECIFE:
- 21 de novembro, 16h no Pátio do Carmo (Sto. Antônio): Espetáculo Caliban – A Tempestade de Augusto Boal.
- 22 de novembro, 19h30, no Teatro Capiba: Desmontagem Evocando os Mortos - Poéticas da Experiência.
Caliban – A Tempestade de Augusto Boal
Foto: Pedro Isaias Lucas |
Impulsionada pela ideia de que ‘somos todos Caliban‘, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz analisa criticamente a ‘tempestade‘ conservadora que hoje sofre a América Latina, e especialmente o grande retrocesso nos direitos sociais e na luta pela autonomia econômica, política e cultural que vivemos no Brasil. A encenação é criada a partir do texto “A Tempestade” de Boal, escrita pelo autor no exílio, em 1974, período em que os movimentos sociais latino- americanos sofriam uma grande derrota frente ao imperialismo dos EUA e eram terrivelmente reprimidos pelas ditaduras civil-militares. A Tribo, sem trair a sua vocação artística, quer com o seu teatro de rua instaurar a alegria e a indignação nos seus espectadores.
Desmontagem Evocando os Mortos - Poéticas da Experiência
Foto: Eugênio Barboza |
A desmontagem “Evocando os mortos – Poéticas da experiência” refaz o caminho da atriz na criação de personagens emblemáticos da dramaturgia contemporânea. Constitui um olhar sobre as discussões de Gênero, abordando a violência contra a mulher em suas variantes, questões que passaram a ocupar centralmente o trabalho de criação do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz. Desvelando os processos de criação de diferentes personagens, a atriz deixa ver quanto as suas vivências pessoais e do coletivo Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz atravessam os mecanismos de criação.
O espetáculo foi contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz/2015 e faz parte do Projeto Caliban – Apontamentos sobre O Teatro de Nuestra América, selecionado pelo programa Rumos Itaú Cultural, na edição 2015-2016
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