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Foto Pedro Isaias Lucas |
Após a exitosa participação no Festival Latino -
Americano e Caribeño Mayo Teatral em Cuba, onde encenou a
performance “Onde? Ação n°
2” e realizou oficinas e intercâmbios com
grupos teatrais nas cidades de Pinar Del Río, Havana e Matanzas, a
Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz volta a apresentar “Caliban
– A Tempestade de Augusto Boal”. A Tribo vai participar do
Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto (São
Paulo) com apresentações nos dias 13 e 14 de julho. Após o
Festival o Ói Nóis Aqui Traveiz segue numa pequena gira organizada
pelo Sesc SP em Presidente Prudente nos dias 17 e 18 de julho e em
Bauru nos dias 19 e 20, com a Desmontagem "Evocando os Mortos -
Poéticas da Experiência” e “Caliban – A Tempestade de Augusto
Boal”.
O
FIT de Rio Preto 2018, que chega a sua 18°
edição internacional será realizado entre 5 e
14 de julho, tem como tema deste ano “Polifonias, Performances e
Dizeres Possíveis”. Ao todo 23 espetáculos, que exploram
diferentes pesquisas de linguagem, irão ocupar 16 locais fechados e
públicos da cidade. A Tribo, ao completar os seus 40 anos de
trajetória, volta ao Festival onde em 2007 realizou temporada de
sucesso com a criação coletiva “Aos Que Virão Depois de Nós –
Kassandra In Process”.
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Foto Fabiano Ávila |
Impulsionado pela ideia de que “somos todos Caliban”,
a Tribo com a encenação para teatro de rua “Caliban - A
Tempestade de Augusto Boal” analisa criticamente o retrocesso dos
direitos sociais que vivemos hoje no Brasil. Boal apropria-se da peça
de Shakespeare, escrita em 1611, e da ideia do escritor cubano
Roberto Fernández Retamar, para questionar a exploração da América
do Sul pelo colonialismo europeu e para discutir a postura
neocolonialista dos Estados Unidos. As sociedades latino-americanas
são marcadas pelas feridas coloniais. São visíveis as inúmeras
contradições e complexidades que configuram essas sociedades
contemporâneas. Para o Ói Nóis Aqui Traveiz, encenar “Caliban –
A Tempestade de Augusto Boal” é gerar outros discursos, histórias
e narrativas, produzir e reconhecer outros lugares de enunciação.
Caliban é a reivindicação da legitimidade do "diferente".
Caliban é símbolo da identidade latino-americana.
A
“Desmontagem Evocando os Mortos – Poéticas da Experiência”,
depois de percorrer oito cidades do interior gaúcho, volta a se
apresentar no Estado de São Paulo. A Desmontagem constitui um olhar
sobre as discussões de gênero, abordando a violência contra a
mulher em suas variantes, questões que passaram a ocupar
centralmente o trabalho de criação da Tribo. Desvelando os
processos de criação de diferentes personagens, criadas entre 1999
e 2011, a atuadora Tânia Farias deixa ver quanto as suas vivências
pessoais e do coletivo Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz
atravessam os mecanismos de criação.
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