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Foto: Pedro Isaias Lucas |
A
partir do dia 27 de julho, sexta-feira, às 20h, a Tribo de Atuadores
Ói Nóis Aqui Traveiz estará presente com o seu Teatro na Feira
Brasileira de Opinião – Porto Alegre – Contragolpe, que está
sendo realizada no Memorial Luiz Carlos Prestes (Av.
Ipiranga, 10, esquina com Edvaldo Pereira Paiva), apresentando
os esquetes “Save the whales”, “Oh Pátria Amada Salve! Salve!”
e “Bem-aventurados”. No
sábado, dia 28 de julho, a partir das 19h, a atuadora Tânia Farias
em dupla com o compositor Mário Falcão apresentam canções de
Violeta Parra. No encerramento da Feira, domingo, dia 29 de julho, às
15h, a Tribo encena “Caliban – A Tempestade de Augusto Boal”.
“Save the wales” retrata a vida descartável de
moradores de rua, representados alegoricamente como artistas de
estrada, em seu cotidiano enfrentando as dificuldades para a
sobrevivência. Ao mesmo tempo, remete à campanha mundialmente
conhecida do Greenpeace “Salvem as Baleias” e o esforço para a
preservação de uma espécie ameaçada de extinção. É uma
adaptação do primeiro ato da peça “Save the whales – Heresia
em três atos permutáveis” de Jorge Rein. Em “Oh Pátria Amada
Salve! Salve!” um grupo de generais aposentados relembram
comicamente o golpe de 1964 e discutem o amadorismo dos golpistas que
tramaram o impedimento da Presidenta da República. “Bem-aventurados”
é um esquete teatral criada pela Oficina Popular de Teatro do Bairro
São Geraldo, a partir da obra dramatúrgica intitulada “Camilo”,
do grupo teatral La Candelária da Colômbia, sobre o padre
guerrilheiro Camilo Torres.
Foto: Pedro Isaias Lucas |
Impulsionado pela
ideia de que “somos todos Caliban” a Tribo de Atuadores Ói Nóis
Aqui Traveiz criou a encenação para Teatro de Rua “Caliban – A
Tempestade de Augusto Boal”. A encenação analisa criticamente a
“tempestade” conservadora que hoje sofre a América Latina, e
especialmente o grande retrocesso nos direitos sociais e na luta pela
autonomia econômica, política e cultural que vivemos no Brasil.
Momento fecundo para retomar Caliban como representante das opressões
advindas desse encontro colonial, colocando em foco o discurso de
resistência evidenciado nessa figura. Agora Caliban não é mais
somente o colonizado. Ele é a representação dos oprimidos de toda
sorte que residem nesse país chamado Brasil. Para o Ói Nóis Aqui
Traveiz encenar “Caliban – A Tempestade de Augusto Boal” é
gerar outros discursos, histórias e narrativas, produzir e
reconhecer outros lugares de enunciação. Caliban é a reivindicação
da legitimidade do “diferente”. Caliban é símbolo da identidade
latino-americana e da resistência ao neo-colonialismo.
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