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Foto Guilherme Santos/Sul 21 |
Bolsonaro
está na política brasileira há 30 anos e é totalmente corrupto! E
é louco. Vingativo e insano. Está claro que não vai fazer nada
para romper com o sistema vigente. Ele vai acelerar ao máximo essa
onda que está destruindo o mundo. Vai facilitar as coisas para quem
está roubando dinheiro das pessoas pobres. Vai militarizar a
polícia. Vai tornar tudo mais difícil para as classes
trabalhadoras. Grito isso para quem quiser ouvir. É o que vai
acontecer se esse cara for eleito.
(Roger
Waters em entrevista para a Folha SP)
Estamos
a um passo de ver a nossa frágil democracia ser banida de nosso
país. E justamente nas urnas com o voto popular. As ideias fascistas
avançam e o seu candidato que propagandea desde sempre o ódio e a
violência está prestes a se tornar presidente. Declarado racista,
machista, homofóbico e defensor da tortura, se cerca de militares e
empresários neoliberais que pretendem entregar as riquezas do nosso
país para o capital estrangeiro. Mais do que nunca é preciso estar
nas ruas – com alegria e indignação – e lutar para reverter
essa situação. Mais do que nunca é preciso resistir a essa onda
conservadora e reafirmar o pensamento crítico em defesa da
democracia, da liberdade e da justiça social.
Nesse
grave momento que o nosso país vive, no qual novamente a sombra do
fascismo paira sobre os brasileiros, o Ói Nóis Aqui Traveiz
reafirma as suas ideias e práticas libertárias. É
necessário que cada voto nulo e branco hoje se transforme no voto
que pode barrar o pensamento nazi-fascista. Conquistar cada voto
indeciso ou amedrontado. Hoje a possibilidade de vencer a
intolerância e o retrocesso social é votar em Haddad Presidente.
Foto Guilherme Santos/Sul 21 |
Martin
Niemöller, símbolo da resistência aos nazistas - 1933
"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar."
Intertexto
(A
partir de poema de Bertold Brecht)
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas
já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
No
caminho com Maiakóvski
(Eduardo Alves da Costa)
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
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