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“Meierhold”,
a nova encenação coletiva da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui
Traveiz, depois do sucesso de público na primeira temporada em
dezembro, volta a cartaz na Terreira da Tribo a partir de 17 de
janeiro. A temporada com apresentações nas quintas e sextas-feiras,
sempre às 20 horas, vai até o dia 22 de fevereiro. Os ingressos a
R$ 40,00 e R$ 20,00 podem ser adquiridos de forma antecipada via on
line na plataforma Sympla (com taxas) e na Terreira da Tribo (rua
Santos Dumont, 1186).“Meierhold” é uma adaptação livre de
“Variaciones Meyerhold” do dramaturgo, ator e psicanalista
argentino Eduardo Pavlovsky. No centro da encenação o célebre
ator, diretor e teórico russo – Meierhold – cujo discurso
inovador e revolucionário o transformou em um dos maiores pensadores
do teatro mundial.
A
encenação de “Meierhold”
reflete
sobre o seu discurso artístico e os relaciona com momentos
dramáticos de sua trajetória pessoal, envolvendo o público em uma
discussão sobre o próprio papel da arte e a função do artista.
Com uma postura artística, política e social contestadora, de
personalidade ruidosa e irrequieta, e com ideias inovadoras sobre a
encenação, Meierhold, costumava causar alvoroço no meio teatral,
arrancando, aqui e ali, tanto elogios inflamados, quanto críticas
ferozes. Seu trabalho se manteve em evidência na cena russa por
cerca de três décadas ininterruptas, sempre permeado por uma
liberdade de criação irrefutável; só em meados da década de 1930
é que sua produção foi interrompida, em função de crises de
ordem política que culminaram na sua prisão, em 1939.
Meierhold
se preocupou particularmente com o estudo das formas populares de
teatro, tais como o teatro de feira, a Commedia dell'Arte e o teatro
oriental. Para ele o papel do encenador era mais o de sugerir ao
invés de dirigir, dando primazia para a criação do ator, e se
apropriando livremente do texto dramático. O
espectador ganhava um lugar de destaque, com a imaginação do
público completando as propostas dos artistas, fazendo da audiência
parte ativa na ação. O ator idealizado por Meierhold, precisaria
não apenas explorar suas potencialidades físicas por meio de um
treinamento árduo, a partir da mais variadas técnicas, mas também
seria imprescindível que o ator pensasse, estudasse a sua função
dentro do teatro e fosse capaz de se posicionar criticamente através
de sua arte.
Meierhold
foi acusado reiteradas vezes de formalismo, principalmente a partir
da subida ao poder na União Soviética de Stalin. Apesar de viver um
momento político e cultural adverso aos seus princípios poéticos
e estéticos, Meierhold sempre defendeu publicamente a sua liberdade
de criação. Em função disso, foi preso em junho de 1939, acusado
de ser contra o progresso socialista e de “antisoviético”. Menos
de um mês depois, sua esposa Zinaida Reich foi assassinada com 25
facadas em seu apartamento. Mesmo depois das súplicas a alguns de
seus influentes amigos ligados ao governo, Meierhold foi executado
por fuzilamento em 2 de fevereiro de 1940.
INGRESSOS: AQUI
Foto: Lucas Gheller |
FICHA
TÉCNICA
MEIERHOLD
Encenação
coletiva da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz
Adaptação
do texto “Variaciones Meyerhold” de Eduardo
Pavlovski
Em
cena os atuadores Paulo Flores (Meierhold) e Keter Velho (Zinaida,
Xamã, Molotov e Imagem da Repressão).
Preparação
de atores de Beatriz Britto
Musica original de Johann Alex de Souza
Cenografia
de Eugenio Barboza e Clélio Cardoso (Adaptação do
dispositivo cênico criado por Liubóv Popóva para "O
Corno Magnífico" dirigido por
Meierhold em 1922.)
Figurinos
de Keter Velho
Máscara
Molotov de Tânia Farias
Produção audiovisual de Eugenio Barboza
Iluminação
de Clélio Cardoso
Contra-regragem
de Leticia Virtuoso
Bilheteria
de Lucas Gheller e Raphael Costa
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