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  Confira o novo site da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui traveiz

TERREIRA DA TRIBO CELEBRA 35 ANOS


A Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz é um centro cultural criado em 1984 em Porto Alegre. Há dez anos localizada na rua Santos Dumont 1186, no bairro São Geraldo, a Terreira da Tribo abrigou desde a sua origem diversas manifestações culturais como espetáculos de teatro, shows musicais, ciclos de filmes e vídeos, seminários e debates, performances e celebrações, além de oportunizar às pessoas em geral o contato com o fazer teatral. Reconhecida hoje como Ponto de Cultura, a Terreira é um dos principais centros de investigação cênica do país e se constituiu como Escola de Teatro Popular, referência nacional na aprendizagem do teatro. 

 
Foto: André Ávila/Agência RBS
 

Sob o signo do teatro revolucionário de Antonin Artaud, a Terreira é um ateliê artístico onde se desenvolvem múltiplas atividades. O nome desse espaço feminino, telúrico e anarquista vem de terreiro, lugar de encontro do ser humano com o sagrado. É um espaço que possibilita a sua utilização de muitas formas. É na Terreira que a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz cria o seu Teatro de Vivência, com seus ambientes cênicos onde o espectador integrado ao espaço torna-se participante do ato teatral. Gerida de forma libertária pelo Ói Nóis Aqui Traveiz, a Terreira é uma peça fundamental para o desenvolvimento das artes cênicas porto-alegrense.

A Terreira da Tribo vem desenvolvendo sistematicamente projetos nas áreas de Criação, Compartilhamento, Formação e Memória. Na área da Criação a Tribo encena no seu espaço “Meierhold” e o seu espetáculo de Teatro de Vivência “Medeia Vozes”. Apresenta a “Desmontagem – Evocando os Mortos Poéticas da Experiência” em diversos espaços alternativos. E nas ruas, praças e parques realiza seu Teatro de Rua com apresentações de “Caliban – A Tempestade de Augusto Boal” e a performance “Onde? Ação nº 2”.


 
Foto: Fabiano Ávila

Na área do Compartilhamento realiza a ação “Caminho para um Teatro Popular” com circuito de apresentações de teatro de rua em praças de bairros populares. O “Festival de Teatro Popular – Jogos de Aprendizagem” promove espetáculos nacionais e ibero-americanos, mostra de processos de criação, oficinas e intercâmbios, contribuindo para a discussão sobre a formação do ator nos seus princípios estéticos e éticos. Os “Seminários e Ciclos de Debates sobre o Teatro” são encontros com atores, diretores, pesquisadores e professores de teatro para debater questões da cena contemporânea. Já a ação “Teatro Como Instrumento de Discussão Social” consiste em oficinas teatrais com o objetivo de fomentar a organização de grupos culturais nos bairros populares da região metropolitana. O teatro criado na periferia passou a ser um poderoso aliado permanente em favor da construção da cidadania, constituindo na prática um laboratório para imaginação social. 




Na área da Formação, com a Escola de Teatro Popular, oferece oficinas de iniciação teatral, formação, treinamento e pesquisa de linguagem, abertas e gratuitas a todos interessados. Cria um processo de permanente descoberta, disseminando o conhecimento e o estímulo ao aprendizado, desenvolvendo o espírito do trabalho coletivo, valorizando a diferença, revisando conceitos estéticos, buscando sempre a essência do teatro. 


Livro lançado nos 35 anos da Tribo
Por fim, na área da Memória, foi criado o “Selo Ói Nóis na Memória” que, por meio da edição de DVD’s e livros, registra a trajetória estética e política da Tribo e o processo de criação dos seus principais espetáculos. Publica periodicamente a “Cavalo Louco Revista de Teatro”. Está em fase de captação de apoios para a criação do “Acervo da Terreira da Tribo” – um acervo de figurinos, máscaras e adereços utilizados nas últimas encenações criadas na Terreira – e do “Centro de Referência de Teatro Popular” – um centro de documentação sobre teatro, formado por biblioteca e videoteca, aberto ao público em geral.

 
Depois de todos esses anos de uma trajetória marcada pela ousadia e ruptura em defesa da democracia, da liberdade e da justiça social, a Terreira da Tribo está ameaçada de fechar as suas portas. Desde o golpe de 2016 vivemos um tempo de retrocessos sociais, no qual o ódio e a violência se propagam. Como não poderia ser diferente, o Ministério da Cultura foi extinto e outras instituições que ainda fomentavam a cultura sofreram drásticos cortes de verbas. Arte, cultura e educação nesse governo serão terra arrasada. A Terreira da Tribo, que sempre ocupou prédios privados pagando onerosos alugueis, se encontra num momento dramático para conseguir viabilizar a sua existência. Por isso estamos conclamando a todos – amigos, espectadores de teatro e interessados em cultura – que nos apoiem. Só dessa maneira a Tribo continuará, nos próximos anos, compartilhando a sua experiência com o maior número de pessoas possível, por meio das suas encenações e de sua prática artístico-pedagógica.

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