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A
Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz é um centro
cultural criado em 1984 em Porto Alegre. Há dez anos localizada na
rua Santos Dumont 1186, no bairro São Geraldo, a Terreira da Tribo
abrigou desde a sua origem diversas manifestações culturais como
espetáculos de teatro, shows musicais, ciclos de filmes e vídeos,
seminários e debates, performances e celebrações, além de
oportunizar às pessoas em geral o contato com o fazer teatral.
Reconhecida hoje como Ponto de Cultura, a Terreira é um dos
principais centros de investigação cênica do país e se constituiu
como Escola de Teatro Popular, referência nacional na aprendizagem
do teatro.
Sob
o signo do teatro revolucionário de Antonin Artaud, a Terreira é um
ateliê artístico onde se desenvolvem múltiplas atividades. O nome
desse espaço feminino, telúrico e anarquista vem de terreiro, lugar
de encontro do ser humano com o sagrado. É um espaço que
possibilita a sua utilização de muitas formas. É na Terreira que a
Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz cria o seu Teatro de
Vivência, com seus ambientes cênicos onde o espectador integrado ao
espaço torna-se participante do ato teatral. Gerida de forma
libertária pelo Ói Nóis Aqui Traveiz, a Terreira é uma peça
fundamental para o desenvolvimento das artes cênicas
porto-alegrense.
A
Terreira da Tribo vem desenvolvendo sistematicamente projetos nas
áreas de Criação,
Compartilhamento,
Formação
e Memória.
Na área da Criação
a Tribo encena no seu espaço “Meierhold” e o seu espetáculo de
Teatro de Vivência “Medeia Vozes”. Apresenta a “Desmontagem –
Evocando os Mortos Poéticas da Experiência” em diversos espaços
alternativos. E nas ruas, praças e parques realiza seu Teatro de Rua
com apresentações de “Caliban – A Tempestade de Augusto Boal”
e a performance “Onde? Ação nº 2”.
Na
área do Compartilhamento
realiza a ação “Caminho para um Teatro Popular” com circuito de
apresentações de teatro de rua em praças de bairros populares. O
“Festival de Teatro Popular – Jogos de Aprendizagem” promove
espetáculos nacionais e ibero-americanos, mostra de processos de
criação, oficinas e intercâmbios, contribuindo para a discussão
sobre a formação do ator nos seus princípios estéticos e éticos.
Os “Seminários e Ciclos de Debates sobre o Teatro” são
encontros com atores, diretores, pesquisadores e professores de
teatro para debater questões da cena contemporânea. Já a ação
“Teatro Como Instrumento de Discussão Social” consiste em
oficinas teatrais com o objetivo de fomentar a organização de
grupos culturais nos bairros populares da região metropolitana. O
teatro criado na periferia passou a ser um poderoso aliado permanente
em favor da construção da cidadania, constituindo na prática um
laboratório para imaginação social.
Na
área da Formação,
com a Escola de
Teatro Popular, oferece oficinas de iniciação teatral, formação,
treinamento e pesquisa de linguagem, abertas e gratuitas a todos
interessados. Cria um processo de permanente descoberta, disseminando
o conhecimento e o estímulo ao aprendizado, desenvolvendo o espírito
do trabalho coletivo, valorizando a diferença, revisando conceitos
estéticos, buscando sempre a essência do teatro.
Livro lançado nos 35 anos da Tribo |
Por
fim, na área da Memória,
foi criado o “Selo
Ói Nóis na Memória” que, por meio da edição de DVD’s e
livros, registra a trajetória estética e política da Tribo e o
processo de criação dos seus principais espetáculos. Publica
periodicamente a “Cavalo Louco Revista de Teatro”. Está em fase
de captação de apoios para a criação do “Acervo da Terreira da
Tribo” – um acervo de figurinos, máscaras e adereços utilizados
nas últimas encenações criadas na Terreira – e do “Centro de
Referência de Teatro Popular” – um centro de documentação
sobre teatro, formado por biblioteca e videoteca, aberto ao público
em geral.
Depois de todos esses anos de
uma trajetória marcada pela ousadia e ruptura em defesa da
democracia, da liberdade e da justiça social, a Terreira da Tribo
está ameaçada de fechar as suas portas. Desde o golpe de 2016
vivemos um tempo de retrocessos sociais, no qual o ódio e a
violência se propagam. Como não poderia ser diferente, o Ministério
da Cultura foi extinto e outras instituições que ainda fomentavam a
cultura sofreram drásticos cortes de verbas. Arte, cultura e
educação nesse governo serão terra arrasada. A Terreira da Tribo,
que sempre ocupou prédios privados pagando onerosos alugueis, se
encontra num momento dramático para conseguir viabilizar a sua
existência. Por isso estamos conclamando a todos – amigos,
espectadores de teatro e interessados em cultura – que nos apoiem.
Só dessa maneira a Tribo continuará, nos próximos anos,
compartilhando a sua experiência com o maior número de pessoas
possível, por meio das suas encenações e de sua prática
artístico-pedagógica.
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Nome: Associação dos Amigos da Terreira da Tribo
CNPJ: 95.123.576/0001-52
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Agência: 0448 - OP: 003 - CC: 001315-4
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