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Foto: Lucas Gheller |
A
encenação parte da livre adaptação da peça da chamada
dramaturgia de "micropolítica de resistência” do argentino
Eduardo Pavlovski “Variaciones Meyerhold” (2005). “Meierhold”
mostra
o encenador russo num tempo fora da realidade, póstumo, como um
espectro que reflete sobre o seu discurso artístico e os relaciona
com momentos dramáticos de sua trajetória pessoal, sujeito ao
cárcere, tortura e humilhações até o seu brutal assassinato pelas
autoridades da Russia stalinista. Na encenação estruturada em
fragmentos, Meierhold passa de pensamentos em voz alta a relatos e
diálogos imaginários com diferentes interlocutores, como com a sua
amada, a atriz Zinaida Reich, também assassinada tragicamente. O
espetáculo utiliza-se de diferentes linguagens e recursos, inclusive
audiovisuais, fragmentos de poesias surrealistas e cenografia
construtivista que remete à utilizada pelo próprio Meierhold. Na
encenação estão presentes elementos dos estudos e experimentos de
Meierhold como o grotesco, o teatro popular de feira e a biomecânica.
Ao construir seus espetáculos Meierhold tinha sempre em vista o
objetivo de despertar o público, fazê-lo participar da aventura
teatral. A função da arte é soltar um grito de alarme, bradar sua
recusa da barbárie e despertar a consciência do ser humano em face
do sofrimento. Vsevolod
Emilevich Meierhold (1874-1940)
é sem dúvida um dos nomes-chave da encenação e da teoria teatral
de todos os tempos. A história de Meierhold não deixa de nos
colocar em questionamentos sobre o momento e o lugar em que vivemos.
A dinâmica da encenação busca perguntar aos espectadores como
Meierhold nos afeta e nos comove no sombrio Brasil de hoje.
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