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ABRE O I LABORATÓRIO ABERTO COM A TRIBO DE ATUADORES ÓI NÓIS AQUI TRAVEIZ
Neste
domingo, dia 30 de junho, às 15 horas, no Parque da Redenção
(próximo do Monumento ao Expedicionário) a Tribo de Atuadores Ói
Nóis Aqui Traveiz encena “Caliban - A Tempestade de Augusto
Boal” na abertura do seu
I
Laboratório Aberto. O objetivo do I Laboratório Aberto da Tribo de
Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz é difundir a prática e metodologia
de criação e treinamento desenvolvido pelo grupo ao longo de 41
anos de atuação e pesquisa. O Laboratório Aberto será composto de
Oficinas, Espetáculos, Filmes e Seminários.
Na
versão de Augusto Boal para o clássico de William Shakespeare,
escrita em 1611, a história é vista pela perspectiva de Caliban,
metáfora dos seres humanos originários da América que foram
dizimados e escravizados pelos invasores colonizadores representados
pelo personagem Próspero. O duque de Milão é tão perverso quanto
os nobres europeus que usurparam o seu poder. Todos representam a
violenta dominação colonial e cultural. Sua filha Miranda e o
príncipe de Nápoles, Fernando, fazem uma aliança não por amor
como na peça de Shakespeare, mas sim por interesses capitalistas.
Ariel, o “espírito do ar”, representa o artista alienado, mescla
de escravo e mercenário a serviço da ordem constituída. Somente
Caliban se revolta até ser finalmente, derrotado. Os vilões
permanecem na “ilha tropical” para escraviza-lo. Mesmo escravo,
Caliban resiste. A Tribo, sem trair a sua vocação artística, quer
com o seu Teatro de Rua instaurar a alegria e a indignação nos seus
milhares de espectadores. Para seduzir o público anônimo e
passageiro das ruas das cidades, a encenação coletiva do Ói Nóis
Aqui Traveiz investe em um movimento de cena dinâmico com
personagens excêntricos, utilizando adereços e figurinos
impactantes com máscaras e bonecos. A narração é toda contagiada
pela música, o canto e a dança. Mesclando os movimentos do coro com
ações acrobáticas, cenas de humor irreverente e personagens
clownescos com uma narrativa épica, “Caliban – A Tempestade de
Augusto Boal” reflete alegoricamente a nossa sociedade.
PROGRAMAÇÃO
DA SEMANA
De
1 a 5 de julho, das 10 às 13 horas, acontece a Oficina Ator,
Presença e Rito,
ministrada pela atuadora Tânia Farias, na Sala Marcos Barreto da
Casa de Cultura Mário Quintana (Rua dos Andradas, 736).
Na
segunda, dia 1 de julho, às 20 horas, na programação do CineClube
Terreira da Tribo: Eu Apoio! o filme “O
Amargo Santo da Purificação” (90
minutos), na sala A2B2 (segundo andar da Casa de Cultura Mário
Quintana), retirada de senhas uma hora antes. Registro com fotografia
e edição de Pedro Isaias Lucas do espetáculo de teatro de rua da
Tribo sobre a trjetória do revolucionário brasileiro Carlos
Marighella.
Nos
dias 2 e 4 de julho, terça-feira ( para os oficinandos do
Laboratório) e quinta-feira (para o público em geral), acontecem os
ensaios abertos de “Medeia
Vozes”
(180 minutos) na Terreira da Tribo (rua Santos Dumont 1186), retirada
de senhas uma hora antes. Encenação coletiva multipremiada onde o
mito de Medeia é reinventado. Medeia livra-se da imagem de
infanticida e aparece como uma mulher que ousou desafiar a ordem
patriarcal.
No
sábado, dia 6 de julho, às 20 horas, na programação do CineClube
Terreira da Tribo: Eu Apoio! os filmes “Kassandra
In Process” (67
minutos) e “Raízes
do Teatro”
(26 minutos), na sala A2B2 (segundo andar da Casa de Cultura Mário
Quintana). A partir das filmagens do espetáculo Aos
Que Virão Depois de Nós – Kassandra In Process (Prêmio
Açorianos e Prêmio Shell), a Tribo e a Catarse – Coletivo de
Comunicação elaboraram este registro. Raízes
do Teatro é
um documentário com direção e roteiro de Pedro Isaias Lucas, sobre
o projeto de pesquisa do Ói Nóis Aqui Traveiz
sobre
as origens ritualísticas do teatro.
O Laboratório
Aberto faz parte do projeto “Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui
Traveiz – Uma Celebração de 40 anos de Utopia, Paixão e
Resistência” que é financiado pelo Governo do Estado –
Secretaria da Cultura – Pró-cultura RS LIC, Lei n.o 13.490/10, com
Patrocínio da Fruki. O projeto tem o apoio da Casa de Cultura Mário
Quintana e da Coordenação de Artes Cênicas da Secretaria Municipal
de Cultura.
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