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Meierhold,
o último espetáculo da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz,
apresenta do dia 18 ao dia 21 de julho na Sala Álvaro Moreyra, no
Centro Municipal de Cultura, sempre às 20h com entrada franca. As
apresentações fecharão a mostra de repertório do grupo na
programação do I Laboratório Aberto com a Tribo de Atuadores Ói
Nóis Aqui Traveiz – uma imersão poética na estética do grupo
através de oficinas, espetáculos, filmes e seminários.
A
encenação de “Meierhold”
que
estreou no final de 2018 na Terreira da Tribo, com o prêmio
açorianos 2018 de melhor ator para Paulo Flores,
parte da livre adaptação da peça da chamada dramaturgia de
"micropolítica de resistência” do argentino Eduardo
Pavlovsky “Variaciones Meyerhold” (2005). “Meierhold”
mostra
o encenador russo num tempo fora da realidade, póstumo, como um
espectro que reflete sobre o seu discurso artístico e os relaciona
com momentos dramáticos de sua trajetória pessoal, sujeito ao
cárcere, tortura e humilhações até o seu brutal assassinato pelas
autoridades da Russia stalinista. Na encenação estruturada em
fragmentos, Meierhold passa de pensamentos em voz alta a relatos e
diálogos imaginários com diferentes interlocutores, como com a sua
amada, a atriz Zinaida Reich, também assassinada tragicamente. O
espetáculo utiliza-se de diferentes linguagens e recursos, inclusive
audiovisuais, fragmentos de poesias surrealistas e cenografia
construtivista que remete à utilizada pelo próprio Meierhold. Na
encenação estão presentes elementos dos estudos e experimentos de
Meierhold como o grotesco, o teatro popular de feira e a biomecânica.
Ao construir seus espetáculos Meierhold tinha sempre em vista o
objetivo de despertar o público, fazê-lo participar da aventura
teatral. A função da arte é soltar um grito de alarme, bradar sua
recusa da barbárie e despertar a consciência do ser humano em face
do sofrimento. Vsevolod
Emilevich Meierhold (1874-1940)
é sem dúvida um dos nomes-chave da encenação e da teoria teatral
de todos os tempos. A história de Meierhold não deixa de nos
colocar em questionamentos sobre o momento e o lugar em que vivemos.
A dinâmica da encenação busca perguntar aos espectadores como
Meierhold nos afeta e nos comove no sombrio Brasil de hoje.
O
Laboratório Aberto faz parte do projeto “Tribo de Atuadores Ói
Nóis Aqui Traveiz – Uma Celebração de 40 anos de Utopia, Paixão
e Resistência” que é financiado pelo Governo do estado –
Secretaria da Cultura – Pró-cultura RS LIC, Lei n° 13.490/10, com
patrocínio da Frui. O projeto tem o apoio da Casa de Cultura Mario
Quintana e da Coordenação de Artes Cênicas da Secretária
Municipal de Cultura.
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