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A
Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz volta a partir de 2 de
setembro, dentro da campanha TERREIRA DA TRIBO EU APOIO!, a sua
programação, com entrada franca, nas noites de segundas e
terças-feiras. Cinema e música vão se alternar com encenações
de teatro e performance. O Cineclube da Terreira inicia a programação
com dois filmes de Fernando Arrabal, “Viva La Muerte!”, na
segunda-feira, e “A Àrvore de Guernica”, na terça-feira. No dia 2 de setembro após o filme conversa com o professor doutor Enrique
Padrós (UFRGS).
A programação acontecerá sempre às 20 horas, com senhas
distribuidas a partir das 19 horas, na Terreira da Tribo (rua Santos
Dumont 1186). A Terreira da Tribo que sempre ocupou prédios privados
pagando onerosos alugueis se encontra num momento dramático para
conseguir viabilizar a sua existência. “Terreira
da Tribo – Eu Apoio” é uma campanha de apoio coletivo e
permanente que a Tribo lançou na plataforma virtual da Benfeitoria
como forma de manutenção do espaço da Terreira que completa 35
anos de existência na cidade de Porto Alegre. Mais informações em
www.benfeitoria.com/terreiradatribo
.
Abrindo
a programação, no dia 2 de setembro, será exibido o filme “Viva
La Muerte!”(1971) e, no dia 3 de setembro, “A Àrvore de
Guernica” (1975). “Viva La muerte!”
se passa durante a guerra civil espanhola, Fando é um menino que vê
como seu pai é arrastado pelos militares depois que sua mãe o
delata por colaborar como os “vermelhos”. Sua mãe é fascista e
católica e Fando constantemente lhe faz perguntas sobre a morte e
sobretudo do paradeiro de seu pai, o qual, segundo sua mãe, foi
executado. Em “A Àrvore de Guernica”, iniciada a Guerra
Civil Espanhola, o exército de Franco encontra nos territórios do
norte do país, terra dos bascos, uma forte resistência. Um desses
lugares é o povo de Villa Ramiro, que está governada por um conde,
título que provém da idade média e que ainda mantém a vida
feudal. Seus habitantes, fartos já deste sistema injusto, se rebelam
contra o nobre reclamando seus direitos, aproveitando os ares
renovadores da República.
Os
dois longa-metragens foram dirigidos pelo dramaturgo, poeta e diretor
de cinema, o espanhol Fernando Arrabal, criador juntamente com
Alejandro Jodorowsky e Roland Topor, no início dos anos 60, em
París, do Movimento Pânico; designação que vem etimologicamente
do deus grego “Pan”, deus da totalidade, e se deu como uma
expressão artística com pretensões de anunciar a loucura
controlada como possibilidade de sobrevivência ante uma sociedade em
crise de valores (a sociedade pós-moderna). Arrabal é mais
conhecido no Brasil pelas peças teatrais como “O Arquiteto e o
Imperador da Assíria”, “O Cemitério de Automóveis”, “A
Torre de Babel” e “O Pic-Nic no Front”. A fonte da sua criação
é a Espanha mística, blasfema, reprimida, repressora, trágica,
farsesca e barroca.
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