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“QUANDO VOCÊ ME TOCA” DANÇA-TEATRO COM ENTRADA FRANCA NA TERREIRA DA TRIBO

Nesta segunda e terça-feira, dias 7 e 8 de outubro, o Tatá – Núcleo de Dança-Teatro, da cidade de Pelotas, apresenta o espetáculo “Quando Você Me Toca”, com entrada franca, às 20 horas, na Terreira da Tribo (rua Santos Dumont, 1186), com senhas distribuídas a partir das 19 horas. As apresentações fazem parte da campanha TERREIRA DA TRIBO EU APOIO!, com programação de teatro, dança, performance, cinema e música, com entrada franca, nas noites de segundas e terças-feiras. A Terreira da Tribo que sempre ocupou prédios privados pagando onerosos alugueis se encontra num momento dramático para conseguir viabilizar a sua existência. “Terreira da Tribo – Eu Apoio” é uma campanha de apoio coletivo e permanente que a Tribo lançou na plataforma virtual da Benfeitoria como forma de manutenção do espaço da Terreira que completa 35 anos de existência na cidade de Porto Alegre. Mais informações em www.benfeitoria.com/terreiradatribo .

“Quando Você Me Toca”, trabalho do Tatá - Núcleo de Dança-Teatro, explora a superfície do corpo humano, a pele, como elemento de criação artística. A partir do contato entre peles, surgem diferentes sensações e movimentos que atravessam o público, produzem imagens que dançam e materializam a natureza ambígua e ampla do toque. Embora afirme a importância do contato afetivo, do carinho, da ternura e do toque como fonte de vida, o trabalho apresenta essas ideias de modo complexo e aberto. A obra apresenta questões urgentes sobre corpo, gênero, afeto, violência e censura. Esses temas são trabalhados numa linguagem que transita entre a dança-teatro e a performance. O Tatá – Núcleo de Dança-Teatro foi criado em 2009, como um grupo de criação artística e um projeto de extensão da Universidade Federal de Pelotas. Tem como foco a criação de obras cênicas para apresentação em escolas e espaços da comunidade de Pelotas e região, principalmente escolas públicas. Desde 2009, o grupo já realizou três montagens: “Tatá Dança Simões”, “Terra de Muitos Chegares” e “Quando Você me Toca”. Os dois primeiros trabalhos foram apresentados em mais de 40 espaços diferentes cada um. O grupo integra atores-bailarinos dos cursos de dança e teatro da universidade, com o objetivo de difundir a dança contemporânea, promover a arte-educação, e contribuir com a formação de público. A pesquisa cênica deste trabalho iniciou em outubro de 2017. O Tatá tem como principal objetivo criar obras cênicas para apresentar em escolas de ensino básico. Neste trabalho o tema surgiu a partir de problemas que surgiram em aulas de dança em escolas que têm a dança no currículo, quando havia o contato físico entre alunos. Assim, o grupo entendeu que estava diante de um tema relevante para problematizar ações e atitudes do cotidiano da escola. O processo iniciou com a apropriação do grupo por essas questões. Ao dar atenção às sensações produzidas nos toques entre nós, nos vimos diante de questões sobre gênero, racismo, machismo e violência. O processo se deu a partir de improvisações, partindo do toque entre peles. Práticas de construção de movimento e ação produziram materiais corporais e reflexão sobre as sensações e significados criados no jogo. Buscamos ressaltar a ambiguidade do toque e a reciprocidade como natureza desse gesto. Durante o processo, foi noticiado que o MAM, em SP, fora acusado de promover pedofilia pois uma criança havia tocado no corpo de um performer nu. A notícia chegou nas escolas e uma professora nos falou dos preconceitos de seus alunos e alunas com relação à nudez na arte. Esse fato nos desafiou a um trabalho que tocasse nessas questões e que pudesse ser levado ao espaço escolar. Buscamos colocar o toque como foco da cena, sem interpretar seus significados previamente. Escolhemos desviar-nos da construção de personagens e dar espaço para as sensações. “Quando Você Me Toca” é resultado de um processo coletivo, a partir de relações horizontais. Assim, o produto é efeito e exemplo de uma experiência de imersão nas relações de diferença e igualdade, de construção ética. A obra apresenta dramaturgia construída no processo de montagem, portanto inédita. O trabalho emerge de uma questão que surge do contexto das escolas, no debate sobre a educação e sobre o papel da arte na educação. Duração: 40 minutos Classificação: Livre Ficha técnica do espetáculo Direção e dramaturgia: Maria Falkembach Coreografias: o grupo Elenco: Carolina Pinto, Evelin Suchard, Inda Rulio Bajar, Nadyne Uakti, João Cruz e Sarasvatii Leão Imagens de Vídeo: Guilherme Carvalho da Rosa Montagem de Vídeo: João Cruz Canção original: Leandro Maia/Maria Falkembach Trilha sonora: seleção musical de Maria Falkembach com composições de Ana Paula Silva, Chartwell Dutiro, Xavi Tasies, João Pedro Oliveira, Chico Buarque, Fábio Mentz e Villa Lobos. Figurino: Taís Prestes Costureira: Larissa Martins Iluminação: João Cruz Preparação corporal: Nadyne Uakti Operador de luz: Marcos Kuszner Operador de som: Higor Alencaragão Fotografia: Fio da Navalha Pesquisa e criação de material cênico-corporal: Carla Araújo, Carolina Pinto, Evelin Suchard, Nadyne Uakti, João Cruz, Sarasvatii Leão, Gessi Könzgen, Higor Alencaragão, Andrews Vilela, Carol Portela, Cora Caroline, Carlos Escolto Finger, Diane Teleranã, Janete Rodrigues da Silva, Maria Beatriz Borges Conceição, Marina Xavier Paes, Renan Brião, Stephania Lengruber, Paloma Mackeldy, Patrícia Medronha, Taís Prestes, Tainá Madruga Romero, Yuri Pereira e William Melancilva. Produção e divulgação: grupo Tatá Realização: Projeto de extensão Tatá – Núcleo de Dança-Teatro Curso de Dança- Licenciatura – Centro de Artes – UFPEL