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Através do Sesc Carmo
(SP) e do Itaú Cultural a atuadora Tânia Farias estará em São
Paulo nas próximas semanas para debater sobre a construção
teatral. Apresentando a Desmontagem Evocando os Mortos – Poéticas
da Experiência e com participação em rodas de conversas e oficinas
de demonstração.
Foto: Pedro Isaias Lucas |
Neste
ano o Itaú Cultural apresenta pela segunda vez uma programação
especial de espetáculos realizados por estudantes de todo o país. A
convocatória A_ponte: cena do teatro universitário selecionou
grupos vinculados a instituições de nível superior, escolas
técnicas de nível médio e escolas independentes de teatro para
compor uma mostra no instituto. A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui
Traveiz que participou no ano passado com o resultado de uma oficina
em Petrolina, volta neste ano como grupo convidado apresentando a
Desmontagem Evocando os Mortos – Poéticas da Experiência na
próxima sexta-feira dia 24/01.
Já
o Sesc Carmo inicia 2020 apresentando
uma programação que reúne oficinas, apresentações, bate-papos e
reflexões em torno do conceito da desmontagem – prática teatral
na qual se compartilham com o público os elementos que compuseram os
processos criativos percorridos durante a construção de personagem,
narrativas ou imagens do espetáculo. E dentro desta programação Ói
Nóis Aqui Traveiz participará ao lado da Cia do Tijolo (SP) e
Yuyachkani (Peru). Além da apresentação da desmontagem Evocando
os Mortos – Poéticas da Experiência que acontecerá no dia 30/01,
a atuadora Tânia Farias facilitará a oficina “Ator, Presença e
Rito” no dia 29/01 e participará de um debate “Conversa em
Desmontagem” no dia 30/01.
Foto: Pedro Isaias Lucas |
A
desmontagem Evocando os Mortos – Poéticas da Experiência refaz
o caminho do ato/atriz na criação de personagens emblemáticos da
dramaturgia contemporânea. Constitui um olhar sobre as discussões
de gênero, abordando a violência contra a mulher em suas variantes,
questões que passaram a ocupar centralmente o trabalho de criação
do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz.
Desvelando
os processos de criação de diferentes personagens, criadas entre
1999 e 2011, Tânia Farias deixa ver o quanto as suas vivências,
pessoais e do coletivo Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz,
atravessam os mecanismos de criação. Através da ativação da
memória corporal, a atriz faz surgir e desaparecer as personagens,
realizando uma espécie de ritual de evocação de seus mortos para
compreensão dos desafios de fazer teatro nos dias de hoje.
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