Nos
dias 18, 20 e 21 de dezembro, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui
Traveiz volta às ruas da cidade com o ‘Ensaio Geral para uma
Parada Ubuesca’. No sábado, dia 18 de dezembro, ao meio-dia, a
Parada Ubuesca acontece no Parque da Redenção, próximo a Feira
Ecológica. E nos dias 20 e 21 de dezembro, na Praça da Alfândega
com a rua dos Andradas, na segunda-feira, às 18 horas, e na
terça-feira, ao meio-dia. ‘Ensaio Geral para uma Parada Ubuesca’
traz para cena da rua a personagem do Pai Ubu, icônica para todo o
teatro ocidental, e a sua ‘máquina de desmiolar’. Personagem
ambicioso, covarde e irracional, o legendário Pai Ubu tem muito a
dizer neste momento de perplexidade que vivemos no Brasil.

A
personagem Pai Ubu, criada pelo francês Alfred Jarry (1873-1907), é
uma espécie de work in progress que se coloca sempre em movimento de
reconstrução. Ainda que se tenham passado mais de cem anos desde a
sua primeira aparição, Pai Ubu persiste como um veículo de
ruptura, podendo ser considerado como o Pai do teatro moderno,
personagem livre das tradições miméticas realistas. Personagem que
neste momento histórico que estamos vivendo garante contundência de
seu retorno. ‘Ensaio Geral para uma Parada Ubuesca’ traz para as
ruas da cidade a comedia bufa, escatológica e absurda. A Tribo de
Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz acredita que o Teatro de Rua traz
intrínseco na sua manifestação valores significativos que
expressam o combate a alienação e exclusão cultural, valorizando a
nossa identidade e afirmando princípios libertários, criando um
teatro popular, onde arte e política se fundem, voltado para a maior
parte da população.
Participam
da criação coletiva os atuadores em cena Tânia Farias, Keter
Velho, Alex Pantera, André de Jesus, Roberto Corbo, Clélio Cardoso,
Eugênio Barboza, Márcio Leandro, Lucas Gheller e Paulo Flores, e na
contrarregragem Fabrício Miranda e Aline Ferraz. A música original
é de Johann Alex de Souza e as pinturas dos ‘parangolés’ de
Isabella Lacerda. Este projeto foi contemplado com o Prêmio Culturas
Populares 2019 – Edição Teixeirinha, do Ministério da Cidadania.
A
grave crise sanitária
que se abateu sobre o país
com o covid-19 e mais o descaso que o governo atual tem com as artes
e a cultura levou a Terreira da Tribo a sua pior crise. O espaço
do Ói
Nóis
Aqui Traveiz que sempre ocupou prédios
privados pagando onerosos alugueis tem vivido muitas dificuldades
para viabilizar a sua existência.
Para sobreviver ao estrangulamento econômico
que os artistas e grupos culturais estão vivendo, a Terreira mantém
uma campanha de financiamento coletivo e assinatura mensal por meio
da plataforma www.benfeitoria.com/terreiradatribo .