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TRIBO DE ATUADORES ÓI NÓIS AQUI TRAVEIZ 44 ANOS [PARTE 36]




 

Em 2009 em novo prédio alugado, na rua Santos Dumont, o Ói Nóis Aqui Traveiz amplia as suas atividades. Aprofunda o ensino do teatro em diferentes bairros, procurando desenvolver com os oficinandos uma formação consciente da importância do artista no meio social. A Terreira transforma-se nesses anos no principal ponto de investigação teatral da cidade e referência nacional na ação artístico-pedagógica. Com estas ações o Ói Nóis Aqui Traveiz firma bases de intercâmbio com setores e segmentos organizados da sociedade, unindo-se aos movimentos populares para realizações político-culturais integradas, e abrindo uma ampla discussão junto aos artistas e instituições públicas procurando priorizar uma política cultural de perspectiva concretamente popular e não de simples formação de mercado.



A Arte de Transformar a Realidade em Poesia          

Em 2011 a Tribo vai viver uma nova experiência. Para a encenação do seu novo espetáculo de teatro de vivência, a partir de uma outra peça de Ariel Dorfman, os atuadores queriam um espaço de memória para dialogar. Para “Viúvas Performance sobre a Ausência” foram escolhidas as ruínas de um presídio - que serviu de cárcere político no período da ditadura - que fica numa ilha isolada no meio do rio Guaíba. Sobrepõem-se fragmentos de um texto, que situa a história de presos e desaparecidos políticos em um povoado latino-americano, com um local real onde aconteceram várias atrocidades. Um grupo de espectadores era levado à ilha por um barco onde já aconteciam as cenas iniciais. Convidados a participarem, em diferentes ambientes da ilha, de um ritual dramático de intensa beleza, os espectadores vivenciavam no corpo, movidos pela sensibilidade, e não apenas pelos olhos e raciocínio, a luta de uma velha mulher pelo direito de saber o paradeiro dos homens da sua família que foram mortos e desaparecidos pela ditadura que se instalou em seu país. “Viúvas” permitiu à Tribo um mergulho na história e nos mitos que fazem parte do patrimônio do povo da América Latina. A experiência singular da atmosfera experimentada na ilha prenuncia uma nova vertente para as futuras encenações dos atuadores. Em 2016 a Tribo voltou a encenar “Viúvas Performance sobre a Ausência” na Fortaleza da Barra na cidade de Santos.