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Tribo de Atuadores Ói
Nóis Aqui Traveiz surgiu em 1978, durante mais de três décadas construiu uma trajetória que marcou definitivamente a
paisagem cultural do Brasil. Com a iniciativa de subverter a estrutura das
salas de espetáculos e o ímpeto de levar o teatro para a rua, abriu novas
perspectivas na tradicional performance cênica do sul do país . A determinação
em experimentar novas linguagens a fez seguir caminhos nunca trilhados por
aqui. Com base nos preceitos de Antonin Artaud e do teatro revolucionário,
investiga com rigor todas as possibilidades da encenação. Na busca de uma
identidade, desenvolveu uma estética própria, fundada na pesquisa dramatúrgica,
musical, plástica, no estudo da história e da cultura, na experimentação dos
recursos teatrais a partir do trabalho autoral do ator, estabelecendo um novo
modo de atuação. Seu centro de
produção, a Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, ocupa lugar de
destaque entre os espaços culturais do Estado, sendo igualmente apontada como
uma referência de âmbito nacional. Funciona como escola de formação de atores
e, principalmente, como ponto de aglutinação de pessoas e profissionais dos
mais diversos segmentos, fomentando a criação artística em diferentes áreas. A
organização da Tribo é baseada no trabalho coletivo, tanto na produção das
atividades teatrais, como na manutenção do espaço. Para a Tribo de Atuadores Ói
Nóis Aqui Traveiz o teatro é instrumento de desvelamento e análise da
realidade; a sua função é social: contribuir para o conhecimento dos homens e o
aprimoramento da sua condição.
Num mundo marcado pela exclusão, marginalização, pela homogeneização, pelo pensamento único, enfim, pela desumanização e pela barbárie, cada vez mais é vital e necessário denunciar a injustiça, as vendas de opinião, o autoritarismo, a mediocridade e a falta de memória.
Esta é a defesa que o Ói Nóis faz: o teatro como resistência e manutenção de valores fundamentais que diferenciam uns de outros: a solidariedade, a honestidade pessoal e a liberdade. Fazendo um teatro a serviço da arte e da política, que não se enquadra nos padrões da ética e da estética de mercado. O teatro como um modo de vida e veículo de idéias: um teatro que não comenta a vida, mas participa dela!
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