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A Associação dos Amigos da Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz tem, desde a sua fundação em 1992, o objetivo de agregar pessoas, geralmente oficinandos e público, em torno da proposta política e estética da Tribo de Atuadores, estando sempre à frente na defesa do território cultural Terreira da Tribo e apontando para a preservação e difusão da memória do Ói Nóis.
A sua primeira ação foi encabeçando a luta pela preservação do espaço de criação da Tribo de Atuadores, solicitando ao poder público que reconhecesse a Terreira da Tribo (em seu antigo endereço na Rua José do Patrocínio, Bairro Cidade Baixa) como patrimônio da cidade, garantindo a continuidade do trabalho do grupo. Participou inúmeras vezes da Tribuna Popular na Câmara dos Vereadores, de reuniões com os representantes da Prefeitura (inclusive com o Prefeito da cidade) e dos demais canais possíveis para sensibilizar o poder público de que, devido ao trabalho que havia sido construído naquele espaço, este deveria ser oficializado como foco de cultura, mesmo que, futuramente, o Ói Nóis não estivesse mais lá.
Com a campanha que ficou conhecida por “Defendo”, a Associação dos Amigos da Terreira da Tribo tomou as ruas de Porto Alegre com adesivos, camisetas, panfletos e informativos. Passeatas, abaixo-assinados, em todas as instâncias representativas da esfera municipal (como o Orçamento Participativo, as Conferências de Cultura etc.), foram mobilizadas centenas de pessoas que manifestaram o desejo de preservação daquele espaço como ícone da memória da cidade, demonstrando que transcendia a dimensão artística, com um trabalho ideológico que contribuiu de forma inenarrável para a cultura gaúcha.
O “Defendo Território Cultural Terreira da Tribo – Ói Nóis Aqui Também” se agigantou quando, no final de 1996, em um ato-show no Largo Glênio Peres, reuniu cerca de mil pessoas e contou com a presença de músicos, políticos e líderes sindicais. Nesse mesmo dia vários grupos de teatro de rua apresentaram-se à tarde na Esquina Democrática em solidariedade à causa. Mesmo com toda a mobilização popular, dezessete mil assinaturas, todas as indicações das Conferências de Cultura, o Orçamento Participativo elegendo como prioridade na região centro e na temática de cultura, mesmo com todo o apoio da população da cidade de Porto Alegre, a Terreira da Tribo, no final de 1999, teve que deixar a Cidade Baixa. Em 2000, com suas raízes fincadas no Navegantes, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz com o apoio da Associação dos Amigos da Terreira da Tribo, abre as inscrições para a primeira turma da Oficina para Formação de Atores da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo. A partir de então, a Terreira da Tribo - Centro de Experimentação e Pesquisa Cênica também ganha o título de Escola de Teatro Popular, oferecendo gratuitamente à comunidade de Porto Alegre, além da Oficina para Formação de Atores, a Oficina de Teatro de Rua – Arte e Política e a Oficina de Teatro Livre.
Em março de 2008, ao completar trinta anos de existência, em pleno desenvolvimento do seu trabalho, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz conquistou junto ao poder público municipal o terreno na Rua João Alfredo nº 709, bairro Cidade Baixa, cedido por comodato para construção de sua sede definitiva. O Projeto encabeçado pela Associação prevê, além do espaço para pesquisa teatral que é própria da Tribo, salas de aula, biblioteca e Centro de Referência do Teatro Popular, sala de exposição, sala de projeção e local para o Acervo da Terreira da Tribo. Este sonho começa a se concretizar quando a Prefeitura de Porto Alegre garante junto ao Ministério da Cultura (em convênio assinado em dezembro de 2010), por meio de emendas de parlamentares gaúchos, a verba orçamentária para a construção do Centro Cultural Terreira da Tribo.
A Associação de Amigos da Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz visa contribuir para a realização e multiplicação dos projetos da Tribo.
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