- Gerar link
- Outros aplicativos
- Gerar link
- Outros aplicativos
Informações
e inscrições
Inscrições
mediante carta de intenção e currículo. Os interessados deverão
ter disponibilidade para participar de toda a programação do I
Laboratório Aberto com a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz,
incluindo os três módulos de oficina e as demais atividades.
De 20/05 a 20/06.
O resultado da seleção será divulgado em 21/06.
O resultado da seleção será divulgado em 21/06.
Terreira
da Tribo Produções Artísticas Ltda.
Rua
Santos Dumont, 1186 - Bairro Floresta - CEP: 90230-240 - Porto Alegre
- RS
Telefones:
(51) 3286-5720 / 99999-4570 / 3028-1358
terreira.oinois@gmail.com
/ www.oinoisaquitraveiz.com.br
I Laboratório Aberto com a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz
O
objetivo do I Laboratório Aberto da Tribo de Atuadores Ói Nóis
Aqui Traveiz é difundir a prática e metodologia de criação e
treinamento desenvolvida pelo grupo ao longo de 41 anos de atuação
e pesquisa. O Ói Nóis criou uma poética própria capaz de
mobilizar a mulher e o homem de hoje para refletir sobre questões
fundamentais do nosso tempo. A Tribo utiliza práticas e dispositivos
próprios, desenvolvidos ao longo de sua trajetória, para disparar
suas criações:
-
O trabalho de codificação de ações cênicas não cotidianas
contribui na elaboração dessa poética, calcada na dissonância,
para a criação de personagens e cenas.
-
O atrito entre texto (palavra) e a ação (tecido de ações) cria
uma região de tensão interessante para construção dessa poética
e reelabora a possibilidade de um teatro crítico que não tem no
discurso o seu maior potencial de comunicação.
-
A cena ritual de origem Artaudiana vai ser a esteira do trabalho de
construção de cenas/rituais com os participantes.
-
A experiência de abordagem da rua como campo para performance
cênica.
O
Laboratório proporcionará aos participantes as experiências com o
teatro ritual e o teatro de rua desenvolvidos pelo grupo.
Conteúdos
Específicos:
Improvisação
(no espaço, com elementos e com temas). Elaboração de ações
físicas e procedimentos de montagem. Elaboração de partituras
corporais e imagens em grupo. Experimentos de criação dramatúrgica
para o teatro ritual e para performance de rua.
Informações
e inscrições
Inscrições
mediante carta de intenção e currículo. Os interessados deverão
ter disponibilidade para participar de toda a programação do I
Laboratório Aberto com a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz,
incluindo os três módulos de oficina e as demais atividades.
De 20/05 a 20/06.
O resultado da seleção será divulgado em 21/06.
Terreira
da Tribo Produções Artísticas Ltda.
Rua
Santos Dumont, 1186 - Bairro Floresta - CEP: 90230-240 - Porto Alegre
- RS
Telefones:
(51) 3286-5720 / 99999-4570 / 3028-1358
terreira.oinois@gmail.com
/ www.oinoisaquitraveiz.com.br
Descrição detalhada das Atividades
Oficinas
1.
Oficina Ator, Presença e Rito
Ministrante:
Tânia Farias
Carga
horária: 5 dias com 3h de duração cada, totalizando 15h
Número
de vagas: 30
Seleção:
Oficina gratuita mediante seleção através de carta de intenção.
Tânia
Farias (DRT 5309/1999) é
atriz, encenadora, professora, pesquisadora e produtora teatral.
Atuadora da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz desde 1994. Tem
sua biografia “Tânia Farias – O Teatro é um Sacerdócio” do
Jornalista Fábio Prikladnicki, publicada na Coleção Gaúchos em
Cena do Festival Porto Alegre em Cena. Coordena os projetos Escola de
Teatro Popular da Terreira da Tribo e Ói Nóis na Memória. Publica
a Cavalo Louco Revista de Teatro da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui
Traveiz. Organiza e produz Festival de Teatro Popular – Jogos de
Aprendizagem. Como atriz e encenadora da Tribo participou das
criações coletivas A Morte e a Donzela de Ariel Dorfmann, A Heroína
de Pindaíba de Augusto Boal, Hamlet Máquina de Heiner Müller, A
Exceção e a Regra de Bertolt Brecht, Aos que virão depois de nós
Kassandra In Process, A Missão Lembrança de uma Revolução de
Heiner Müller, A Saga de Canudos, O Amargo Santo da Purificação,
Viúvas Performance sobre a Ausência e Medeia Vozes, Caliban - A
Tempestade de Augusto Boal e Desmontagem Evocando os Mortos -
Poéticas da Experiência. Foi indicada ao Prêmio Shell de Melhor
Atriz por Kassandra In Process (2007) e recebeu o Prêmio Açorianos
por sua atuação em O Amargo Santo da Purificação (2009) e Medeia
Vozes (2013).
Metodologia
A
Oficina será dividida em cinco encontros de três horas cada,
coordenados pela atuadora Tânia Farias, que desenvolve sua pesquisa
no Ói Nóis há mais de 20 anos. Sua investigação está
relacionada com o aperfeiçoamento das técnicas utilizadas para que
o ator adquira presença cênica, além da criação de personagens
através da codificação de gestos não-cotidianos. Nesta vivência
serão investigados o movimento e a voz para a ampliação do corpo
do ator e a ocupação do espaço teatral. A ênfase é colocada na
corporalidade (em como perceber o próprio corpo) e na concentração
(para perceber o outro).
Segundo
Eugênio Barba (teórico teatral presente na pesquisa do grupo, assim
como sua Antropologia Teatral) em O Corpo Dilatado, o estado de
presença ocorre quando o nível pré-expressivo do ator é obtido,
assim como em Grotowski, por meio de uma série de exercícios de
caráter iniciatório, de um treinamento que une os aspectos físicos
e mentais, um trabalho sobre energias. O teatro para o Ói Nóis é
considerado ato sagrado, cerimônia mágica, ritual, portanto envolve
a evocação de energias não-cotidianas pelo ator/pesquisador. Tal
estado é atingido a partir do desenvolvimento de técnicas corporais
e treinamento constante. Nessa vivência serão investigadas ações
que pretendem levar o ator aos princípios de contraste,
estranhamento em relação à visão habitual da realidade,
desagregação do real, dissociação, dissonância na criação das
personagens, seguindo os preceitos de Artaud, em Segunda Carta sobre
a Linguagem: “O segredo do teatro no espaço é a dissonância, a
distinção entre os timbres e o desencadeamento dialético da
expressão.” A presença cênica está estreitamente ligada ao
fenômeno teatral enquanto experiência que se realiza no presente e
à corporalidade do ator.
A
noção de atuação dentro do grupo é concebida num sentido mais
amplo, em que arte e vida se fundem, o ator deve se despojar de suas
máscaras para buscar uma relação direta com o público, uma
comunicação real, um estado cênico produzido através do ato de
despir suas máscaras e deixar-se ver. Os cinco encontros consistem
em desenvolver práticas de treinamento corporal que pretendem:
-
Intensificar a dinâmica teatral do corpo, através de exercícios de
desinibição, sensibilização, musicalidade, expressividade e
coordenação rítmica, aliados a jogos de inter-relacionamento
dramático.
-
Ativar padrões não cotidianos de comunicação a partir de signos
teatrais específicos, com ênfase na pesquisa de sons e movimentos
expressivos, próprios para a estilização de ações, gestos cantos
e danças.
-
Promover condições favoráveis ao desenvolvimento da criatividade
espontânea e expressiva, crítica e resignificante do corpo, a
partir da organização de uma vivência teatral de grupo.
-
Qualificar os atores/estudantes de teatro quanto à sua presença
cênica na hora da atuação.
-
Proporcionar técnicas para que os oficinandos atinjam um estado
cênico mais apurado, considerando o teatro como arte de forças,
como acontecimento, presença ao invés de representação.
-
Criar a relação presença/corporeidade/presentificação – já
que é pela relação instaurada com o outro, pela sua
presentificação, que uma qualidade diferenciada de energia-presença
pode surgir.
-
Desenvolver técnicas para conquistar essa força do ator como
presença cênica, uma eclosão aos olhos dos espectadores. Assim
como definiu Eugênio Barba em O Corpo Dilatado, presença como um
corpo-em-vida.
2.
Oficina de Teatro Ritual
Ministrante:
Paulo Flores
Carga
horária: 5 dias com 3h de duração cada, totalizando 15h
Número
de vagas: 30
Seleção:
Oficina gratuita mediante seleção através de carta de intenção.
Paulo
Flores (DRT 2155/1988) é
ator, encenador, professor e pesquisador. Fundou a Tribo de Atuadores
Ói Nóis Aqui Traveiz em 1978, a Terreira da Tribo – Centro de
Experimentação e Pesquisa Cênica em 1984 e a Escola de Teatro
popular em 2000. Graduou-se como Bacharel em Direção Teatral pela
UFRGS em 1979. Atua em teatro desde 1974, participando como ator e
diretor teatral em vários espetáculos premiados. No Ói Nóis
encenou mais de 30 espetáculos, entre eles Fim de Partida, Ostal, A
Exceção e a Regra, Antígona Ritos de Paixão e Morte, Dr. Fausto,
Kassandra In Process, O Amargo Santo da Purificação, Viúvas –
Performance sobre a ausência, Medeia Vozes, Caliban - A Tempestade
de Augusto Boal e Meierhold. Coordena os Projetos Caminho Para Um
Teatro Popular (circuito de teatro de rua por praças e ruas de
bairros populares), Teatro Como Instrumento de Discussão Social
(desenvolvendo oficinas nos bairros com o objetivo de fomentar a
criação de grupos nestas comunidades) e Ói Nóis na Memória (selo
criado para registrar a trajetória da Tribo).
Metodologia
A
Oficina de Teatro Ritual consistirá em cinco encontros de três
horas cada, coordenados pelo atuador Paulo Flores, um dos fundadores
da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz que se mantém no grupo
desde sua origem. O Teatro de Vivência é um termo cunhado por ele
no início da década de 80. Nessa vertente de pesquisa do Ói Nóis
o teatro e o espetáculo são vistos como um ato ritual, no sentido
de experiência partilhada, no qual o espectador torna-se
participante da cerimônia. É uma celebração em que atores e
público partilham de uma experiência comum e têm a possibilidade
de elaborar inquietações sobre a atualidade. É uma experiência
real, um rito de iniciação partilhado entre os celebrantes, que
rompe a linguagem articulada para entrar em contato com as forças da
vida. Por uma metafísica da linguagem na qual a linguagem concreta,
destinada aos sentidos, é capaz de materializar o invisível, de
entrar em contato com as forças latentes no universo.
“Ritual
de Personagem” trata-se de um procedimento desenvolvido pela Tribo
para preparação de seus atores e elaboração de seus espetáculos.
Cada ator desenvolve uma cena completa e prepara todos os elementos
que a compõe. Como num ritual em sociedade, cada elemento é
escolhido devido à sua importância, ele necessariamente tem
significado e motivo ao ser escolhido para compor a cena. Com os
gestos ocorre da mesma forma, cada gesto tem o objetivo de comunicar
algo por si só. A proposta dessa vivência vai em direção ao
pensamento de Antonin Artaud e seu Teatro Ritual. Pretende investigar
a metafísica da linguagem articulada e colocá-la no espaço,
rompendo sua linearidade, desencadeando suas forças. Segundo Artaud,
essa linguagem “rompe enfim a sujeição intelectual da linguagem
[conceitual], dando o sentido de uma intelectualidade nova e mais
profunda, que se oculta sob os gestos e os signos elevados à
dignidade de exorcismos particulares”. Esses cinco encontros
contarão com:
-
Compartilhamento dos preceitos do Teatro Ritual a partir da ótica de
Antonin Artaud.
-
Práticas de improvisação como processo de desterritorialização,
em que as conexões se estabelecem no devir da performance.
-
Criação da cena como produção do sentido, para além das
representações, como no Teatro Ritual.
-
Técnicas para abrir o corpo às forças e à energia do mundo que a
ele se conecta, antes de perceber seus objetos.
Os
encontros pretendem propiciar o entendimento do teatro como um ato
que se realiza aqui e agora, no organismo dos atores diante de outros
homens, como afirma Grotowski. Também pretendem reforçar a visão
crítica das questões pertinentes à contracenação dramática,
desde a valorização do material cênico como no Teatro Ritual de
Artaud à disposição do espaço e do tempo.
3.
Oficina de Performance Política
Ministrada
por Marta Haas e Tânia Farias
Carga
horária: 5 dias com 3h de duração cada, totalizando 15h
Número
de vagas: 30
Seleção:
Oficina gratuita mediante seleção através de carta de intenção.
Marta
Haas (DRT 8700/2008) é atriz,
encenadora, oficineira e pesquisadora teatral. É atuadora da Tribo
de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz desde 2001. Graduada como
bacharel em filosofia, mestra e doutoranda em educação pela UFRGS.
Cursou a primeira turma da Oficina Para Formação de Atores da
Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo. Desde 2007 ministra
Oficinas Populares de Teatro pelo Projeto Teatro Como Instrumento de
Discussão Social. Como atriz e encenadora participou das criações
coletivas da Tribo: Aos Que Virão Depois de Nós - Kassandra In
Process; A Missão (Lembrança de uma Revolução); O Amargo Santo da
Purificação; Viúvas – Performance sobre a ausência, Medeia
Vozes e Caliban - A Tempestade de Augusto Boal. Foi indicada ao
Prêmio Açorianos de Melhor Atriz Coadjuvante em 2002 por Kassandra
In Process e em 2013 por Medeia Vozes.
Metodologia
A
Oficina de Performance e Política será ministrada pelas atuadoras
Marta Haas e Tânia Farias. Pretende elaborar uma conexão entre o
que foi desenvolvido na Oficina Ator, Presença e Rito e na Oficina
de Teatro Ritual, que oferecerão uma base do que é a pesquisa
desenvolvida pelo grupo, seus preceitos estéticos e poéticos, as
técnicas utilizadas e forma de investigação que está
intrinsecamente ligada ao pensamento político. Realizará a
conjunção do aprendido durante os dez encontros anteriores, na qual
os oficinandos poderão dedicar cinco dias à elaboração de uma
Performance Política, utilizando temas em discussão na atualidade e
realizando o exercício coletivo da montagem de um roteiro e criação
de um material poético para ser compartilhado com o público. Ao
final da vivência de 25 dias, de imersão no trabalho da Tribo, essa
performance será apresentada nos últimos dias da programação.
Além
de reunir o que foi desenvolvido durante os 25 dias de intensa
vivência, essa oficina visa instigar o oficinando a percebar que o
processo de aprendizagem não se encerra com a oficina, que o ator
deve estar em permanentes descobertas. Também instiga que o
oficinando desenvolva o espírito de trabalho coletivo, para que
juntamente com o outro revise permanentemente conceitos estéticos e
éticos. Esse processo pretende a renovação das percepções, do
real valor do espaço, do outro, da linguagem, do gestual e suas
depurações, no qual o ato de representar e estar presente seria não
a imposição de formas, mas o resultado de um processo.
Espetáculos
Caliban
– A Tempestade de Augusto Boal
Impulsionada
pela ideia de que “somos todos Caliban” a Tribo de Atuadores Ói
Nóis Aqui Traveiz criou a encenação para Teatro de Rua “Caliban
– A Tempestade de Augusto Boal”. A encenação analisa
criticamente a “tempestade” conservadora que hoje sofre a América
Latina, especialmente o grande retrocesso nos direitos sociais e na
luta pela autonomia econômica, política e cultural que vivemos no
Brasil. Momento fecundo para retomar Caliban enquanto representante
das opressões advindas do encontro colonial, colocando em foco o
discurso de resistência evidenciado nessa figura. Agora Caliban não
é mais somente o colonizado. Ele é a representação dos oprimidos
de toda sorte que residem neste país chamado Brasil. Caliban é
símbolo da identidade latino-americana e da resistência ao
neo-colonialismo.
Ficha
técnica:
Criação
coletiva da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz a partir do
texto “A Tempestade” de Augusto Boal
Música:
Johann Alex de Souza
Atuadores:
Roberto Corbo, Clélio Cardoso, Keter Atácia, Marta Haas, Eugênio
Barboza, Tânia Farias, Paulo Flores, André de Jesus, Márcio
Leandro, Leticia Virtuoso, Luana Rocha, Lucas Gheller, Daniel Steil,
Rochelle Silveira, Raphael Costa, Rafael Torres, Helen Sierra,
Rogério Bertoldo, Mariana Stedele, Fabrício Miranda, Alex Pantera,
Dijean Bueno e Pedro Isaias Lucas
Duração:
90 minutos
Medeia
Vozes
Na
encenação da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz o mito de
Medeia é reinventado.
Medeia
livra-se da imagem de infanticida e aparece representada em outros
termos: trata-se da mulher que ousou desafiar a política
estabelecida, que é punida por seu senso de independência e
liberdade, banida da cidade por saber de crimes que não devem ser
revelados. A base para a criação de Medeia Vozes é o romance
homônimo da alemã Christa Wolf (1929-2011). Em suas investigações
a escritora bebeu em outros estudiosos – da arqueologia, mitologia
e sociologia. Retornou às bases do matriarcado primitivo e da
fundação das sociedades. Wolf tomou uma versão antiga e
desconhecida do mito para afirmar Medeia como uma mulher vítima dos
valores e das necessidades do patriarcado, que não cometeu nenhum
dos crimes de que a tragédia de Eurípides a acusa.
O
espetáculo forma uma obra polifônica, onde, além das vozes dos
personagens narradores do romance, somam-se vozes de mulheres
contemporâneas como as revolucionárias alemãs Rosa Luxemburgo e
Ulrike Meinhof, a somali Waris Diriiye, a indiana Phoolan Devi e a
boliviana Domitila Chungara, que enfrentaram de diferentes maneiras a
sociedade patriarcal em várias partes do mundo. Medeia Vozes é
Teatro de Vivência, onde o espectador é convidado a vivenciar o
espetáculo através de seus cinco sentidos, de maneira interativa
com os atuadores, potencializando radicalmente a capacidade
transformadora do teatro. Medeia Vozes foi o espetáculo
mais premiado da história do teatro gaúcho
recebendo o Prêmio Açorianos em 8 categorias (melhor espetáculo,
atriz para Tânia Farias, direção, cenografia, iluminação, trilha
original, dramaturgia e produção) e Prêmio de Melhor Espetáculo
pela Escola de Espectadores.
Ficha
técnica:
Criação
coletiva da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz a partir
romance homônimo da alemã Christa Wolf “Medeia Vozes”
Música:
Johann Alex de Souza
Atuadores:
Tânia Farias, Paulo Flores, Marta Haas, Eugênio Barboza, Clélio
Cardoso, Letícia Virtuoso, Lucas Gheller, Roberto Corbo, Keter
Atácia, Raphael Costa, Rogério Bertoldo, Alex Pantera, Luana Rocha,
Rochelle Silveira, Rafael Torres, Helen Sierra, Daniel Steil, Márcio
Leandro de Lima Vicente e Dijean Bueno.
Duração:
180 minutos
Evocando
os Mortos - Poéticas da Experiência
“Evocando
os Mortos - Poéticas da Experiência” refaz o caminho da atriz na
criação de personagens emblemáticos da dramaturgia contemporânea.
Esse trabalho constitui um olhar sobre as discussões de gênero,
abordando a violência contra a mulher em suas variantes, questões
que passaram a ocupar centralmente o trabalho de criação do grupo
Ói Nóis Aqui Traveiz. Ao seguir a linha de investigação sobre
teatro ritual de origem artaudiana e performance contemporânea, a
desmontagem de Tânia Farias propõe um mergulho num fazer teatral
onde o trabalho autoral da atriz condensa um ato real com um ato
simbólico, provocando experiências que dissolvam os limites entre
arte e vida e ao mesmo tempo potencializem a reflexão e o
autoconhecimento.
Ficha
técnica:
Criação
da Atuadora Tânia Farias a partir de quatro personagens de
espetáculos da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz
Concepção
e atuação: Tânia Farias
Produção:
Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz
Duração:
90 minutos
Onde?
Ação N°2
A
performance “Onde? Ação nº2” provoca de forma poética
reflexões sobre o nosso passado recente e as feridas ainda abertas
pela ditadura militar. A ação performática se soma ao movimento de
milhares de brasileiros que exigem que o Governo Federal proceda a
investigação sobre o paradeiro das vítimas desaparecidas durante o
regime militar, identifique e entregue os restos mortais aos seus
familiares e aplique efetivamente as punições aos responsáveis.
Ficha
técnica:
Criação
Coletiva da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz
Participam
da performance: Tânia Farias, Marta Haas, Leticia Virtuoso, Luana
Rocha, Keter Velho, Rochelle Silveira, Helen Sierra, Paulo Flores,
Eugênio Barbosa, Roberto Corbo, Márcio Leandro, Clélio Cardoso,
Alex Pantera e Daniel Steil e Lucas Gheller
Duração:
40 minutos
Meierhold
Meierhold
a nova encenação da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz é
uma adaptação livre da peça “Variaciones Meyerhold” (2005) do
dramaturgo, ator e psicanalista argentino Eduardo Pavlovsky. Ao
completar o seu quadragésimo ano de trajetória a Tribo homenageia
dois Mestres da cena contemporãnea e do teatro latino-americano:
Meierhold e Pavlovsky. No centro da encenação a figura de
Meierhold, célebre ator, diretor e teórico russo, cujo discurso
inovador e revolucionário o transformou em personalidade de
relevância no panorama teatral do início do século XX. Grande
questionador das formas acadêmicas da criação teatral, a postura
de Meierhold confronta com as ideias de seu contemporâneo
Stanislavski, com que manteve uma relação ao mesmo tempo estreita e
distante. A encenação reúne aspectos do discurso artístico do
pensador russo e os relaciona com momentos dramáticos de sua
trajetória pessoal, sujeito ao cárcere, tortura e humilhações até
o seu brutal assassinato pelas autoridades da Rússia stalinista. A
peça “Variaciones Meyerhold” tenta captar a forma em que este
extraordinário homem de teatro nos “afeta” hoje.
Ficha
Técnica:
Adaptação
livre da peça “Variaciones Meyerhold” de Eduardo Pavlovsky
Atuadores:
Paulo Flores, Keter Velho, Clélio Cardoso, Eugênio Barboza, Lucas
Gheller e Letícia Virtuoso.
Duração:
90 minutos
Lançamento da Cavalo Louco nº 19
A
Cavalo Louco - Revista de teatro da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui
Traveiz estará lançando mais um número.
Uma
resistente!
Os
tempos são de guerra, são tempos sem sol, como nos falou Brecht a
certa altura. Mas a Tribo, teimosa, apaixonada e resistente, tem na
Cavalo Louco mais um espaço de troca de saberes, de reverberações
humanistas e libertárias. Como entendemos que estes tempos
necessitam de humanistas e de loucos que ousem não esquecer a sua
história e sonhar com dias melhores, construindo-os com suas mãos,
nos empenhamos por garantir mais um número dessa doida publicação.
A
revista que nasceu como semestral em 2006, nos últimos anos passou a
ser anual devido às dificuldades crescentes do Ói Nóis Aqui
Traveiz e de todas as artes nesse Brasil, cada vez mais coronelista,
reacionário, homo fóbico e racista. Contrariando todas as
expectativas – graças aos inúmeros colaboradores – ela abre,
uma vez mais, suas páginas neste julho de 2019.
Performance Cênico MusicalVioleta Parra – Uma Atuadora!
Quem
ouviu Violeta cantar?
Quem
teve contato com a obra de Mercedes Sosa, uma das mais importantes
vozes do mundo, deve ter escutado algum dia a canção Gracias a la
vida. Mercedes a gravou em 1971, no LP Homenaje a Violeta Parra e que
virou hino da América Latina.
Mas
quem ouviu a voz de Violeta?
Foi
então que Tânia Farias, uma premiada atriz e recente cantora –
que é fã de Violeta – resolveu montar um espetáculo para
“trazê-la” para nós. Surge Violeta Parra – Uma Atuadora!.
Tânia, que canta com voz de quem ama Violeta, convidou Mário Falcão
para participar como músico nessa empreitada. O trabalho é um
incrível desafio. Mário tratou de aprender as canções e a
decodificá-las ao seu jeito de tocar guitarra. Amante da MPB, acabou
por fazer uma mistura (ou costura) entre o andino e o popular
brasileiro. E é com esse viés mestiço que estão “vestindo” as
pérolas do cancioneiro desse ícone da arte da América do Sul.
HOMENAJE A VIOLETA PARRA
“Já
não cabiam mais em sua cabeça os pássaros azuis
assim
foi que, em um meio dia de estranha luminosidade,
abriram
um trágico orifício de escape
e
se foram os pássaros azuis,
levando
consigo Violeta Parra”
(Atahualpa
Yupanqui)
Duração:
70 minutos
Filmes
Viúvas
– Performance Sobre a Ausência
Filme
de Pedro Isaias Lucas que registra o espetáculo apresentado em 2011
na Ilha do Presídio (Ilha das Pedras Brancas). O filme mostra
mulheres que lutam pelo direito de saber onde estão os homens que
desapareceram e foram mortos pela ditadura civil militar que se
instalou em seu país. A utilização desse espaço não-convencional
para a encenação pretendeu estabelecer uma relação entre os
sentidos do trabalho sobre o imaginário e a história recente da
América Latina; e as referências simbólicas, o registro emocional,
os elementos de memória e o caráter institucional da Ilha do
Presídio.
Duração:
72 minutos
Medeia
Vozes
Registro
inédito com fotografia e edição de Pedro Isaias Lucas. Em
Medeia Vozes, a Tribo de Atuadores toma uma versão antiga e
desconhecida do mito, trazendo uma mulher que não cometeu nenhum dos
crimes de que Eurípides a acusa. Medeia é uma mulher que enxerga
seu tempo e sua sociedade como são. As forças que estão no poder
manifestam-se contra ela, chegando mesmo à perseguição e
banimento, ela é um bode expiatório numa sociedade de vítimas. A
Medeia pacifista do Ói Nóis Aqui Traveiz demonstra a inutilidade de
todo processo bélico. A encenação forma uma obra polifônica,
somam-se vozes de mulheres contemporâneas como as revolucionárias
alemãs Rosa Luxemburgo e Ulrike Meinhof, a somali Waris Diriiye, a
indiana Phoolan Devi e a boliviana Domitila Chungara, que enfrentaram
de diferentes maneiras a sociedade patriarcal em várias partes do
mundo.
Duração:
180 minutos
O
Amargo Santo da Purificação – Uma visão alegórica e barroca da
vida paixão e morte do revolucionário brasileiro Carlos Marighella
Registro
com fotografia
e edição de Pedro Isaias Lucas
do espetáculo de rua sobre a trajetória do revolucionário
brasileiro Carlos Marighella. O público pode assistir imagens
filmadas em mais de 60 apresentações, em praças, parques e ruas de
capitais e cidades do interior de diferentes estados do Brasil.
Marighella foi protagonista na
luta contra as ditaduras do Estado Novo e do Regime Militar. A
dramaturgia elaborada pela Tribo parte dos poemas escritos pelo
baiano que, transformados em canções, são o fio condutor da
narrativa. A encenação utiliza a plasticidade das máscaras, de
elementos da cultura afro-brasileira e figurinos com fortes signos,
criando uma fusão do ritual com o teatro dança. O Ói Nóis Aqui
Traveiz traz para as ruas da cidade uma abordagem épica das
aspirações de liberdade e justiça do povo brasileiro.
Duração:
90 minutos
Kassandra
In Process
A
partir das filmagens do espetáculo Aos que virão depois de nós –
Kassandra In Process, a Tribo e a Catarse – Coletivo de Comunicação
elaboraram este registro. Esse foi o primeiro registro audiovisual do
Selo Ói Nóis na Memória. O espetáculo é resultado da pesquisa em
Teatro de Vivência realizada pela Tribo e recebeu, entre outros, o
Prêmio Açorianos 2002 de Melhor Espetáculo e o Prêmio Shell 2007
na Categoria Especial pela Pesquisa e Criação Coletiva.
“Na
infância deste século XXI, a voz dolente e forte de uma personagem
mítica como Kassandra soa qual sirene em pleno amanhecer de uma
Bagdá dilacerada. Impossível não adivinhar nos mísseis os corpos
que tombarão. Pois tem sido assim em pelo menos cerca de 2.500 anos
de história. São atrocidades que exemplificam o quanto a humanidade
tem caminhado fora dos trilhos. E não de agora, mas ao longo da
história: o horror, o horror, o horror.”
Duração:
67 minutos
Raízes
do Teatro
O
título do documentário, com direção e roteiro de Pedro Isaias
Lucas, é o nome do projeto criado pelo Ói Nóis Aqui Traveiz para
sistematizar o estudo das origens ritualísticas do teatro. O filme
aborda os mitos que resultaram em quatro espetáculos do Ói Nóis
Aqui Traveiz: Antígona - Ritos de Paixão e Morte (Prêmio Açorianos
1990), Missa para Atores e Público sobre a Paixão e o Nascimento do
Dr. Fausto de Acordo com o Espírito de Nosso Tempo (Prêmio
Açorianos 1994), Aos Que Virão Depois de Nós - Kassandra in
Process (Prêmio Açorianos 2003, Prêmio Shell SP 2007) e Medeia
Vozes (Prêmio Açorianos 2013).
Duração:
26 minutos
A
Missão – Lembrança de uma Revolução
“Marx
fala do pesadelo de gerações mortas, Benjamin, da libertação do
passado. O que está morto não o é na história. Uma função do
drama é a evocação dos mortos – o diálogo com os mortos não
deve se romper até que eles tornem conhecida a parcela de futuro que
está enterrada com eles.”
Heiner
Müller
A
encenação evoca a revolta dos escravos na Jamaica, nos anos
seguintes à Revolução Francesa e reflete sobre o Terceiro Mundo:
objeto de exploração e, simultaneamente, fermento do novo. A
encenação coletiva criada pela Tribo evidencia a opção do autor
por uma poética teatral do corpo, da imagem, aliando sua visão
crítica da história à desconstrução da linguagem discursiva
cartesiana. A poética cênica de A Missão insere-se na “dialética
poética do fragmento” e dirige-se primordialmente aos sentidos,
mas a intenção é também “fazer pensar”. O reconhecimento se
faz, portanto, via corpo e intelecto. A aproximação entre fragmento
e a linguagem do corpo, como contrários à linguagem do poder e do
conceito é outra ideia presente em Müller, que fala da rebelião do
corpo contra o conceito. O ato cognoscitivo vem a posteriori,
precedido pela experiência, por algo que não pode ser determinado
de imediato, mas que só assim se transforma em experiência durável.
Duração:
120 minutos
Lançamento
da Caixa de Memórias
Lançamento
da caixa com DVDs que documentam espetáculos seminais do teatro
gaúcho. São registros audiovisuais de diferentes vertentes teatrais
da Tribo Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz. Integra
o selo Ói Nóis na Memória, que difunde e socializa o acervo da
proposta estética e política desenvolvida pela Tribo. Contém o
registro, com legendas em espanhol e inglês, dos espetáculos “O
Amargo Santo da Purificação” (2008), “Viúvas – Performance
Sobre a Ausência” (2011) e “Medeia Vozes” (2013). É uma
realização da Artéria Filmes, com fotografia, edição e
finalização audiovisual de Pedro Isaias Lucas. Esta
tiragem foi realizada com recursos do Governo do Estado do Rio Grande
do Sul por meio do Pró-cultura RS FAC – Fundo de Apoio à Cultura,
Lei nº 13.490/10.
No
dia do lançamento a Caixa de Memórias será distribuída
gratuitamente a todos os interessados.
Programação,
locais e horários das Atividades
Oficinas
Local:
Sala Marcos Barreto - CCMQ
Hora:
10h-13h
Oficina
Ator, Presença e Rito
De
1º a 5 /07
Oficina
de Teatro Ritual
De
8 a 12/07
Oficina
de Performance Política
De
15 a 19/07
Apresentação
da Ação Cênica criada com os participantes
Local:
Parque da Redenção
Hora:
15h
Dia
20/07
Espetáculos
Caliban
– A Tempestade de Augusto Boal
Local:
Parque da Redenção
Hora:
15h
Dia
30/06
Medeia
Vozes
Local:
Terreira da Tribo
Hora:
19h30h
De
4 e 5/07
Onde?
Ação Nº 2
Local:
Parque da Redenção
Hora:
12h
Dia
7/07
Violeta
Parra – Uma Atuadora!
Local:
Sala Carlos Carvalho - CCMQ
Hora:
20h
Dia
13/07
Caliban
– A Tempestade de Augusto Boal
Local:
Parque da Redenção
Hora:
15h
Dia
14/07
Desmontagem
Evocando os Mortos – Poéticas da Experiência
Local:
Sala Carlos Carvalho - CCMQ
Hora:
20h
Dia
16/07
Meierhold
Local:
Sala Álvaro Moreira - CMC
Hora:
20h
De
17 a 21/07
Filmes
Raízes
do Teatro
Kassandra
in Process
Local:
Sala A2B2 (segundo andar, perto da Carlos Carvalho) - CCMQ
Hora:
20h
Dia
6/07
Viúvas
– Performance Sobre a Ausência
Local:
Sala A2B2 (segundo andar, perto da Carlos Carvalho) - CCMQ
Hora:
20h
Dia
8/07
A
Missão – Lembrança de uma Revolução
Local:
Sala A2B2 (segundo andar, perto da Carlos Carvalho) - CCMQ
Hora:
20h
Dia
15/07
Medeia
Vozes
Lançamento
da Caixa de Memórias
Local:
Sala A2B2 (segundo andar, perto da Carlos Carvalho) - CCMQ
Hora:
18h-22h
Dia
17/07
Informações
e inscrições
Inscrições
mediante carta de intenção e currículo. Os interessados deverão
ter disponibilidade para participar de toda a programação do I
Laboratório Aberto com a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz,
incluindo os três módulos de oficina e as demais atividades.
De 20/05 a 20/06.
O resultado da seleção será divulgado em 21/06.
Terreira
da Tribo Produções Artísticas Ltda.
Rua
Santos Dumont, 1186 - Bairro Floresta - CEP: 90230-240 - Porto Alegre
- RS
Telefones:
(51) 3286-5720 / 99999-4570 / 3028-1358
terreira.oinois@gmail.com
/ www.oinoisaquitraveiz.com.br
- Gerar link
- Outros aplicativos